
Brasil deve aumentar o cultivo de cana para a produção de etanol nos próximos dez anos. Foto: reprodução.
O governo federal divulgou o Plano Decenal de Expansão de Energia (PDE) 2021. O documento prevê que a cana-de-açúcar deve crescer 8,1% ao ano, nos próximos 10 anos, na matriz energética brasileira. O crescimento é o maior entre as fontes renováveis e só não é maior do que a participação do gás natural, com 9,1%.
Segundo a projeção do governo, sozinha, a cana será responsável por quase metade das fontes renováveis do país, que representam 43,1%, e aumentarão para 45% até 2021. A participação da cana-de-açúcar na matriz energética brasileira passará de 16,4%, em 2011, para 21,2%, em 2021. A produção canavieira ainda deve contribuir para o crescimento da biomassa que, com o etanol, crescerá bem mais do que as outras fontes.
O etanol e a bagaço continuarão sendo os principais produtos energéticos, mas o governo acredita que os investimentos em pesquisa e desenvolvimento devem aumentar a produção de outros biocombustíveis, como o diesel de cana, o bioquerosene de aviação e o etanol celulósico.
Apesar das perspectivas de crescimento da produção de cana-de-açúcar e de etanol, o PDE reconhece as dificuldades enfrentadas pelo setor, atualmente, que devem continuar nos primeiros anos da década. Assim, a projeção para o PDE 2021 é bem menor do que a feita no PDE 2020, realizado no ano passado.
A crise financeira, ocorrida desde 2008, as sucessivas quebras de safra e outros fatores provocaram a redução da produção de cana-de-açúcar e também das projeções do governo. Se, em 2011, a expectativa era de uma produção de 73,3 bilhões de litros de etanol para 2020, este ano a projeção caiu para 68,3 bilhões de litros em 2021. O PDE também aponta uma queda nas exportações de 6,8 litros, em 2020, para 3,3 bilhões de litros em 2021.
Por: Maria Clara Corsino.
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