Os caprinos foram introduzidos no Brasil durante o período de colonização. Devido ao porte, eram facilmente transportados nos navios. Da mesma forma, devido à grande adaptabilidade a muitos ambientes, podiam ser criados nos territórios recém-colonizados, sem maiores problemas para subsistência. Em uma criação de caprinos o rebanho é dividido em cinco categorias principais: bodes (reprodutores), cabras (matrizes), cabritos em aleitamento (cria), cabritos desmamados (recria) e cabritos em engorda (terminação)”, afirma a professora Cristiane Leal dos Santos, do Curso CPT de Criação de Caprinos de Corte.
A reprodução é uma fase que requer grande atenção, pois é a partir dela que os produtos da caprinocultura, cabritos e cabritas, são obtidos, seja para a produção de carne, seja para a incorporação no rebanho. Um bom manejo reprodutivo, com acasalamentos bem direcionados, pode proporcionar um rápido crescimento para o rebanho caprino, com a constante entrada de novos e melhores animais. Além disso, a reprodução é um fator limitante de grande importância na eficiência da produção de qualquer criação.
Os caprinos Anglo Nubianos, animais resultantes dos cruzamentos de cabras Nubianas, originárias do Sudão (Vale do Nilo), com cabras comuns da Inglaterra, são uma raça de dupla aptidão: carne e leite. Foram introduzidos no Brasil em meados de 1927 e facilmente se adaptaram ao ambiente tropical, exceto nas regiões úmidas. São largamente encontrados na Bahia, Pernambuco, Piauí e Ceará, assim como em São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul. O Estado de São Paulo possui um dos plantéis geneticamente mais apurados do Brasil, mas é na região Nordeste que se encontra o maior volume de animais e criadores. Trata-se de uma raça de caprinos muito utilizada em cruzamentos, visando sempre a obtenção de animais cada vez mais aptos à produção de leite e carne.
A caprinocultura é uma das atividades pecuárias que mais cresce. A utilização do leite de cabra e seus derivados é uma alternativa ao leite de vaca e vem crescendo no mercado alimentício. Para garantir uma boa produção, é preciso pensar no manejo adequado dos animais desde o nascimento.
Animais exuberantes, de muita fertilidade, grande porte, físico forte e rústicos, assim são classificados os caprinos da raça Boer. Mas, as boas características da raça não param por aí. Os caprinos Boer são excelentes para a produção de carne, possuem carcaça uniforme, pelagem branca em todo o corpo e coloração escura na cabeça e pescoço. As cabras Boer são boas produtoras de leite, o que lhes permite aumentar a sua prole com sucesso, com excelentes ganhos de peso e com a mortalidade pré-desmama pequena. Enquanto filhotes, sua taxa de crescimento é rápido, com excelente desenvolvimento físico. Atingem pesos (quando adultos) entre 118-170 kg para os machos e 95-120 kg para fêmeas. Estas características fazem com que a raça de caprinos Boer seja a mais procurada pelos Criadores brasileiros de caprinos.
Você anda tendo problemas com seus cabritinhos e tem dúvidas sobre a viabilidade de tratá-los com medicamentos homeopáticos? Pois saiba que sim, os homeopáticos são eficazes contra a diarreia. “A homeopatia começa a ganhar cada vez mais espaço no tratamento veterinário, porque os medicamentos com propriedades naturais vêm alcançando ótimos resultados entre os usuários”, afirma Maria do Carmo Arenales, professora do Curso a Distância CPT Sistema Orgânico de Criação de Cabras, em Livro+DVD e Curso Online.
O aproveitamento da carne de caprino e ovino é semelhante ao tratamento feito para a carne de suíno. “Para a produção das linguiças de caprinos, deve-se utilizar a carne dos quartinhos dianteiros e traseiros”, afirma Newton de Alencar, professor do Curso CPT Produção de Embutidos - Fabricação Artesanal e Escala Industrial.
A decisão de confinar, se pensando na economia do confinamento de cordeiros e cabritos, está diretamente relacionada com dois fatores: a precocidade de acabamento dos animais e o curto período de tempo com o confinamento. Estes dois fatores, quando aliados, garantem o sucesso da investida. No entanto, ainda existem outros fatores de grande importância que devem trabalhar a favor do criador de cordeiros, são eles: a qualidade e o custo da alimentação. Na implementação desta prática é importante conciliar estes fatores, com vistas ao seu sucesso econômico. Nesses termos, requer-se a seleção dos animais como o critério básico para o confinamento. Portanto, há que se confinar somente animais sadios.
O Brasil possui um rebanho caprino da ordem de 14.556.484 cabeças, sendo que 93% está concentrada na região Nordeste. De acordo com dados do IBGE a maior concentração está na Bahia, Pernambuco e Piauí. Apesar da maior concentração nessas regiões, a criação de caprinos de corte está em franca expansão em todo país, com a distribuição de 2,8% na região Norte; 3,4% na região Sudeste; 31,7% na região Sul e 5,5% na região Centro-Oeste.
A criação de caprinos destinada ao abate é uma atividade que oferece atraente margem de lucro ao produtor, já que a demanda por essa iguaria nunca esteve tão alta no mercado nacional. Os principais produtos da caprinocultura são a carne "in natura", linguiças e defumados e vísceras comestíveis para sarapatel e buchada. Há também um crescente investimento em produtos inovadores, como almôndega e hamburger de carne de cabras.