A avaliação do animal antes do casqueamento e ferrageamento é feita sobre os membros e os cascos, mas a ação do profissional de casqueamento e ferrageamento é feita sobre os cascos. “Portanto, conhecê-los bem é fundamental, inclusive sua anatomia interna e externa”, afirma Fábio Furquim Corrêa, professor do Curso a Distância CPT Casqueamento e Ferrageamento de Equinos.
Animais colocados em estábulos, baias, ou utilizados para trabalhos contínuos, onde quase sempre os pisos são duros, o desgaste do casco é exagerado, chegando, em alguns casos, a causar lesões profundas no pé. Nesses casos, a ferradura se torna indispensável, principalmente quando os trabalhos com os animais são realizados em terrenos pedregosos, em paralelepípedos ou no asfalto.
Resumidamente, no ferrageamento a quente, a ferradura a ser fixada será aquecida até ficar incandescente, para, então, ser encostada na superfície plantar do casco. Com isso, a área em contato com a ferradura ficará chamuscada, revelando, nos pontos não queimados, as desigualdades do cortes do casco.
O ferrageamento era tido, simplesmente, como pregar a ferradura. Antigamente, nem se cogitava questões como aprumo, angulação do casco, tipo específico da ferradura e do cravo, a quantidade de casco a ser retirada, quem dirá o bem estar do animal.
Para quem trabalha com casqueamento e ferrageamento, é importante levar em conta que o equilíbrio do corpo dos equinos deve ser sempre o objetivo final de uma avaliação. Ao analisar animais, considere que, basicamente, o corpo do animal deve ser dividido em três partes iguais, como mostrado na figura abaixo.
A necessidade do ferrageamento de um equino surge, geralmente, durante a doma. Conforme a função que o animal desempenha, o treinamento será feito em diferentes tiços de terrenos e pisos, sob a pressão de esforços crescentes. “Nesse momento, a proteção dos cascos contra contusões com o solo torna-se indispensável”
A utilização de ferraduras evita a inutilização temporária dos equinos, em consequência do desgaste do casco. Um cavalo desferrado, para compensar o desgaste de seus cascos, em um dia de trabalho, terá que descansar por, no mínimo, dois dias, dependendo das condições do solo. Além disso, o uso de ferraduras modifica as condições mecânicas da região dos pés, diminuindo o espaço de sustentação do corpo na estação e aumentando a velocidade das alavancas durante a marcha.
A utilização de ferraduras evita a inutilização temporária dos animais de trabalho, em consequência do desgaste do casco. Um cavalo desferrado, para compensar o desgaste de seus cascos, em um dia de trabalho, terá que descansar, por no mínimo, dois dias, dependendo das condições do solo.
Um dos grandes problemas da equinocultura é que a correção de aprumos determina uma mudança permanente na conformação dos membros dos animais e por isso não pode ser feita em cavalos adultos. “As tentativas de promover esse tipo de correção causam manqueiras e também defeitos permanentes. Porém, alguns problemas de conformação podem ser corrigidos nos potros”, afirma Fábio Furquim Corrêa, professor do Curso a Distância CPT Casqueamento e Ferrageamento de Equinos.
Embora muitas vezes o estudo da anatomia possa parecer teórico, por exigir a memorização de termos técnicos, para um casqueador/ferrageador, é fundamental saber o nome de cada parte do corpo de um equino, particularmente dos membros e dos cascos. “As chamadas Regiões Zootécnicas dos membros recebem denominações relacionadas à estrutura óssea (Osteologia) que as compõem”, afirma Fábio Furquim Corrêa, professor do Curso CPT Casqueamento e Ferrageamento de Equinos.