A avaliação do animal antes do casqueamento e ferrageamento é feita sobre os membros e os cascos, mas a ação do profissional de casqueamento e ferrageamento é feita sobre os cascos. “Portanto, conhecê-los bem é fundamental, inclusive sua anatomia interna e externa”, afirma Fábio Furquim Corrêa, professor do Curso a Distância CPT Casqueamento e Ferrageamento de Equinos.
Considere que, como o casco é a base de sustentação do peso do animal, logo, sua condição vai interferir na forma como ele se apoia no solo, vai interferir na saúde das demais estruturas dos membros, como é o caso das articulações e dos tendões. Em decorrência, qualquer problema nos cascos vai interferir negativamente na qualidade da locomoção e no desempenho do animal no trabalho.
O casco, na verdade, é um estojo córneo que recobre a porção terminal do membro locomotor, correspondendo a uma parte insensível, denominada por muitos de “escudo do pé”, que tem função protetora, além de atenuar pressões e reações decorrentes dos impactos das passadas do animal. Vale destacar que o casco anterior (dianteiro) é maior e mais oblíquo que o posterior (traseiro). Mas, tanto o anterior como o posterior apresentam diversas estruturas.
Partes internas do casco
As partes internas são constituídas pelos ossos, os ligamentos articulares, os tendões, o aparelho de amortecimento, as artérias e as veias, os nervos e o tecido que vai dar origem à substância córnea.
Parte externa do casco
A parte externa é representada pelo casco, que tem um formato convexo de um lado ao outro, inclinando-se obliquamente de uma borda até a outra. Na porção frontal, o ângulo de inclinação da muralha, em relação ao solo, é, em média, de 50o para o membro torácico e de 55o para o membro pélvico. Observado lateralmente, o ângulo aumenta, gradativamente, até chegar em 100o na altura dos talões.
Externamente, verificamos que a estrutura do casco é formada por processo de queratinização epitelial sobre a derme modificada, que faz limite com a derme comum da pele na altura da coroa, na sua parte superior. A parede do casco, que é a parte mais visível da estrutura é denominada muralha. É ela que protege a frente e a lateral do casco, envolvendo quase toda a estrutura. A área do casco que toca o solo é constituída, principalmente, pela parede da muralha, a sola e a ranilha. Essa terminologia é fundamental para a comunicação entre profissionais de ferrageamento, veterinários e manejadores.
Observando a superfície palmar ou plantar do casco, percebemos as seguintes estruturas: pinça (nas porções dorsal e frontal), quartos (laterais), talões e os ombros, que é a região de transição entre os quartos e a pinça.
Aprimore seus conhecimentos sobre o assunto. Leia a(s) matéria(s) a seguir:
- Afinal, na prática, o que é o casqueamento de cavalos?
- Casqueador: você conhece o cavalo em partes?
Quer saber mais sobre o Curso? Dê Play no vídeo abaixo:
Conheça os Cursos a Distância CPT da área Criação de Cavalos.
Por Silvana Teixeira.
Este conteúdo pode ser publicado livremente, no todo ou em parte, em qualquer mídia, eletrônica ou impressa, desde que contenha um link remetendo para o site www.cpt.com.br.
Cursos Relacionados
Deixe seu comentário
Informamos que a resposta será publicada o mais breve possível, assim que passar pela moderação.
Obrigado pela sua participação.