Para quem trabalha com casqueamento e ferrageamento, é importante levar em conta que o equilíbrio do corpo dos equinos deve ser sempre o objetivo final de uma avaliação. Ao analisar animais, considere que, basicamente, o corpo do animal deve ser dividido em três partes iguais, como mostrado na figura abaixo.
“Verifique se, ao traçar linhas como as vistas na figura, são obtidos ângulos o mais próximo possível do que é mostrado”, afirma Fábio Furquim Corrêa, professor do Curso CPT Casqueamento e Ferrageamento de Equinos.
Projeções de linhas que indicam equilíbrio entre as partes do corpo de um equino. Ângulos abaixo de 48o são considerados “achinelados”, enquanto acima de 56o são considerados muito levantados (encastelados).
Outro aspecto importante é a verificação do equilíbrio do animal por meio da observação do centro de suspensão dos membros anteriores e posteriores e do eixo direcional, em que:
- O centro de suspensão diz respeito ao ponto em que os membros se interligam ou se apoiam no tronco.
- O eixo direcional se refere à linha que une o centro de suspensão ao centro de apoio. Quanto mais verticais são os eixos direcionais, maior é a sustentação do corpo com mínimo de fadiga da estrutura corporal.
Também, o centro de gravidade, ou seja, o ponto onde se concentra o peso de todo o corpo do cavalo e onde ele se apoia, tem de ser considerado.
Nos equinos, os membros anteriores suportam de 60% a 65% do peso total do corpo. Isso quer dizer que esses membros são mais exigidos e, por isso, estão mais sujeitos à incidência de claudicação nesses membros. Por isso mesmo, o casqueamento e o ferrageamento desses membros merece atenção redobrada, embora se deva descuidar também dos membros traseiros, sobre os quais o animal se apoia quando faz esforços de tração, em arrancadas ou nos saltos.
Essa variação de esforços, em função do tipo de atividade realizada pelo animal, acaba determinando que o centro de gravidade possa variar de forma previsível conforme a classificação do animal. Nos equinos usados em corridas, como os membros são mais longos e um pouco afastados, o centro de gravidade, normalmente, é mais avançado, o que os torna mais velozes. Já raças consideradas mais aptas à tração, normalmente, apresentam membros curtos e mais afastados, de forma que o eixo de gravidade fique mais centralizado, o que aumenta a estabilidade do animal. Por outro lado, para as raças mais usadas para sela, que suportam o peso da montaria por períodos mais prolongados, o ideal é que o centro de gravidade seja um pouco mais recuado, para que esse esforço seja suportado de forma menos desgastante.
Aprimore seus conhecimentos sobre o assunto. Leia a(s) matéria(s) a seguir:
- Afinal, na prática, o que é o casqueamento de cavalos?
- Casqueador: você conhece o cavalo em partes?
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Por Silvana Teixeira.
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Comentários
Pablo Rafael de Oliveira Barbosa
17 de jan. de 2022Bom