
A decisão de quais vacinas utilizar depende de uma avaliação individual da granja e dos riscos e perdas econômicas.
O sucesso na formação dos anticorpos, que são as defesas naturais, depende diretamente do manejo, desde o nascimento até o uso de vacinas injetáveis. O colostro é responsável pela imunidade passiva, tendo papel decisivo no desenvolvimento dos mecanismos que permitem a imunidade ativa, que é a capacidade de reação do organismo à ação de agentes externos danosos à saúde.
Os leitões nascem praticamente sem defesa, porque os anticorpos não são transmitidos a eles através da placenta, e, devido a isso, dependem tanto do colostro. Segundo o professor Paulo César Brustolini, chefe do setor de suinocultura da UFV – Universidade Federal de Viçosa, “ a proteção de colostro é variável e depende do agente envolvido e da capacidade induzida ou natural da fêmea para produzir os anticorpos”.
Para garantir a imunidade ativa é preciso aplicar vacinas durante a lactação ou no período de creche. “O objetivo principal é proteger os leitões contra pneumonia enzoótica, pleuropneumonia e rinite atrófica, doenças respiratórias que provocam danos consideráveis em toda a leitegada”, diz o professor Brustolini, no curso Manejo de Leitões, elaborado pelo CPT – Centro de Produções Técnicas.
O professor também aconselha a evitar o período de castração ou desmame para fazer a aplicação das vacinas. “Nesses períodos, o estresse do leitão é muito grande, comprometendo a capacidade de reação dos antígenos”, acrescenta Brustolini.
A decisão de quais vacinas utilizar depende de uma avaliação individual da granja e dos riscos e perdas econômicas que representam as doenças que se deseja prevenir. Uma vacina eficaz deve possuir características como: custo baixo, administração fácil, forma de apresentação compatível com as condições de manejo no campo, inocuidade e eficiência na proteção dos animais vacinados.
Além disso, ela deve prevenir ou reduzir a reaplicação do agente infeccioso, a persistência e a possível reativação da infecção, o desenvolvimento e/ou a severidade da doença após a infecção, as perdas econômicas e a difusão do agente entre os animais não-vacinados. Para administrar vacinas em seu plantel, o produtor deve procurar um médico veterinário familiarizado com as doenças prevalecentes na região, para o estabelecimento de um programa de vacinação adequado a cada caso.
Por: Ariádine Morgan
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