O melhor método de controle de produção é a rastreabilidade, pois permite, além de apontar a origem do produto, identificar todos os processos pelo qual foi exposto. Essa exigência está se consolidando em vários setores da economia brasileira, pelo fato dos acordos internacionais estarem cada vez mais exigentes.
A história tem se alastrado, desde os problemas ocorridos com a doença vaca louca, em 2005. Isso tem se fortificado com mais intensidade nos produtos orgânicos, biodinâmicos e, também, transgênicos. Não se trata mais de uma tendência mercadológica, mas, sim, de uma realidade imposta pelas mudanças de hábitos culturais do consumidor, da globalização dos mercados e a preocupação com o impacto que as condições higiênico-sanitárias causam na segurança dos alimentos.
Segundo o professor Carlos Henrique Cavallari Machado, no curso Rastreabilidade, elaborado pelo CPT – Centro de Produções Técnicas, “a maior vantagem da identificação e da possibilidade de rastrear os animais é o surgimento de um potencial de incremento do gerenciamento do rebanho, com um controle individual dos animais”. Carlos Henrique, especialistas em genética e melhoramento da FAZU - Faculdades Associadas de Uberaba, ressalta que esse tipo de acompanhamento é uma forma de avaliar as práticas de manejo da fazenda, permitindo um monitoramento mais certeiro, que leve ao aumento da eficiência da atividade pecuária. A identificação também facilita a implementação de programas de melhoramento genético, que propiciam uma constante evolução do rebanho.
A certificação e rastreabilidade permitirão maior padronização dos produtos, e uma melhoria da imagem da carne junto ao consumidor final. O mercado está se segmentando, existindo grupos de consumidores para carnes light, orgânica, precoce, entre outras. Produtos poderão ser certificados, como forma de se garantir ao consumidor o que lhe é prometido na venda. Algumas marcas de carnes já vendem nos supermercados a carne rastreada, como forma de agregar valor ao produto.
Por: Ariádine Morgan
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