
O arroz e o feijão foram dois dos alimentos fortificados pelo projeto Biofort. Foto: reprodução/Abril.
O Projeto Brasileiro de Biofortificação (Biofort) envolve 11 unidades da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) no desenvolvimento de cultivares de maior valor nutricional. Até agora, através do melhoramento genético, os pesquisadores já conseguiram produzir três cultivares de feijão-caupi, três de feijão comum e arroz com mais ferro e zinco, três de mandioca rica em betacaroteno. Também foram desenvolvidas batata-doce e abóbora com alto teor de carotenoides e milho com mais vitamina A.
Os alimentos produzidos estão sendo usados na merenda escolar nos estados de Minas Gerais, Piauí, Rio de Janeiro e Sergipe, além de atender a diversos agricultores familiares dos estados. O projeto conta com o apoio de prefeituras, universidades, associações de produtores e parceiros internacionais, em mais de dez anos de pesquisa.
A pesquisadora Marília Nutti, da Embrapa Agroindústria de Alimentos e gestora da rede de biofortificação no país, explica que o projeto pretende agora aumentar o cultivo das variedades desenvolvidas. De acordo com ela, o projeto tem buscado o apoio de prefeituras para a multiplicação e distribuição das sementes e das mudas para a produção de alimentos. Estes podem beneficiar escolas e comunidades de baixa renda.
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), aproximadamente 2 bilhões de pessoas sofrem de deficiência de ferro e anemia em todo o mundo. Mais de 20% da população em idade pré-escolar, escolar e gestantes em diversas regiões do Brasil sofrem com este problema. Marília Nutti destaca que o projeto pode ajudar ainda mais famílias ao fornecer alimentos biofortificados.
Além dos alimentos biofortificados, o projeto Biofort desenvolve também produtos agroindustriais a partir de matérias-primas biofortificadas. Apenas na unidade da Embrapa Agroindústria de Alimentos estão sendo testadas farinhas de batata-doce na composição de massas, snacks e sopas instantâneas. Os pesquisadores ainda estão estudando novas embalagens que conservam os nutrientes dos alimentos por um tempo maior.
Por: Maria Clara Corsino.
Fonte: Ministério da Agricultura.
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