
O cultivo de tomate em estufas é uma atividade relativamente nova no Brasil, mas encontra-se em franca expansão, sobretudo nos Estados do Sudeste e Sul. Este modo de produção necessita de cultivares bem adaptadas e que proporcionem o máximo rendimento de produtos de elevado padrão de qualidade.
Embora o número de cultivares ainda seja limitada, o tomate, ao lado do pimentão, é a espécie que tem mostrado crescimento mais consistente e uma das alternativas mais rentáveis do setor.
A denominação estufa ou abrigo deve ser utilizada quando o objetivo é o aquecimento do ambiente. As plantas desenvolvem-se melhor em determinadas temperaturas e o frio, por sua vez, pode causar má germinação da semente e má absorção de nutrientes, pois o sistema redicular paralisa a sua atividade, provocando abortamento de flores e crescimento lento.
Por outro lado, com calor excessivo as plantas transpiram mais e se desidratam com facilidade, inviabilizando o grão de pólen, além de outros problemas de ordens fisiológicas.
Tipos de estufas
I- Estufa modelo Capela
A estufa modelo Capela tem a estrutura semelhante a um galpão ou aviário, com as duas abas da cobertura inclinadas, formando um triângulo.
Este modelo também é conhecido por treliça, justamente pela característica de sua forma. Funciona muito bem em regiões de altas precipitações de chuvas, porém tem pouca resistência aos ventos, exigindo uma estrutura resistente.
A altura mínima da estufa não deve ser inferior a dois metros por duas razões: para comportar as plantas de porte alto como o tomate e formar um espaço para melhor controle do ambiente.
Quanto maior for o volume de uma estufa na mesma área, os controles de temperatura e umidade relativa do ar serão mais facilitados. Indica-se deixar um espaço de dois a três metros entre uma estrutura a outra.
II- Estufa modelo Arco
É o modelo mais evoluído das estufas de madeira. Sua forma autoportante oferece grande resistência ao vento. O teto abaulado obtém um excelente aproveitamento da luz solar.
Toda a estrutura de formato semicircular permite facilidade de fixação, como, também, sua troca rápida. Este modelo é fornecido pré-fabricado em ferro galvanizado. O custo geralmente é superior aos de outras estufas.
III- Estufa modelo Londrina
A estufa modelo Londrina é construída basicamente de esteios e arames. Uma característica desta estufa é que a água da chuva penetra no seu interior em locais já pré-determinados no projeto.
Escolha do local
Existem vários fatores que merecem destaque ao se escolher o local para a instalação das estufas:
1- Topografia: O local deve ser preferencialmente plano. Assim, toda a área terá uma uniformidade de temperatura. Isto é importante sobretudo quando se quer cultivar plantas exigentes em luz, como o tomate, pepino e outras. O terreno plano também facilita a irrigação e o manejo durante o cultivo.
2- Vento: Em regiões de ventos fortes, as estufas devem estar protegidas para evitar que os plásticos sofram danos, elevando os custos de produção. Para isto, é necessário construir quebra-ventos, com a finalidade de diminuir a velocidade do vento. A sua instalação deve ter de 8 a 10 metros de distância da estufa para que não haja interferência de luz. No entanto, convém ressaltar que os ventos são importantes, pois contribuem para o arejamento das plantas, principalmente nos períodos de temperatura elevada, ou em dias de umidade relativa do ar alta.
3- Luminosidade: A área destinada à construção da estufa deve receber um bom nível de insolação. Recomenda-se que seja longe de bosques. O local deve receber o maior número possível de horas de sol, pois muitas culturas são extremamente exigentes à luz.
Por: Paula Tibúrcio
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Comentários

Plantador
10 de nov. de 2013Seguirei esses passos... Uma estufa que eu fiz e gostei muito (para nós que moramos em apartamentos, essa quebra um galho), ela é barata de se fazer e cheia de tecnologia, para mim funcionou maravilhosamente, basta seguir os passos descritos: Tudo Em Volta: Estufa Agrícola Plantas Elétrica Caseira Para quem tiver interesse.