Na última semana, um dos resultados da visita da presidente Dilma Rousseff ao país chinês foi a abertura do mercado para a carne suína brasileira. A China também abriu as portas para a venda de carne de frango e de boi.
Para o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Wagner Rossi, a abertura do comércio chinês confere ao Brasil uma credencial para acessar os dois principais mercados compradores do mundo, o Japão e a Coréia. “Nós já estamos organizando uma missão que vai a Coréia e ao Japão para definirmos o acesso. A visita à Coréia está marcada para o dia 20 de maio”, revelou.
Além desses produtos, os resultados também foram positivos para as exportações de gelatina, produtos lácteos, milho, própolis, citros, sêmen e embriões bovinos. No caso do própolis, foi autorizada a aquisição com fins alimentares. O milho já é exportado pela potência asiática, mas há o interesse de ampliar as compras do produto.
O Brasil é o país que mais usa biotecnologia de reprodução bovina, sendo considerado referência mundial. A missão brasileira convidou especialistas chineses para vir conhecer esse trabalho. A intenção do governo é exportar sêmen e embriões de bovinos, ao mesmo tempo que oferece cooperação técnica para o desenvolvimento de raças no país asiático.
Para Patrícia Tristão, mestre em genética e melhoramento animal e tutora do Portal de Informações do CPT – Centro de Produções Técnicas, “a faca é de dois gumes e no Brasil o efeito é dominó. Ao mesmo tempo que a China vai ganhar com a melhora da eficiência produtiva, o Brasil atingirá maiores lucros, instigará mais pesquisas, o que provocará um contínuo desenvolvimento do rebanho nacional. Isso permitirá que o país mantenha-se como referência”.
Como recentemente os chineses tiveram problemas de contaminação de leites e derivados, o Brasil aproveitou o momento para reafirmar a disposição dos seus produtos lácteos. E o comércio também foi autorizado. Para os citros, a expectativa é que ainda este ano já comecem os embarques.
Por: Ariádine Morgan
Este conteúdo pode ser publicado livremente, no todo ou em parte, em qualquer mídia, eletrônica ou impressa, desde que contenha um link remetendo para o site www.cpt.com.br.
Deixe seu comentário
Informamos que a resposta será publicada o mais breve possível, assim que passar pela moderação.
Obrigado pela sua participação.