Em 2009, o Mapa - Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, publicou uma instrução normativa com punições severas para o produtor que fizer uso da cama de frango na alimentação do rebanho. Para desestimular a prática e dar alternativas de renda ao avicultor que comercializava esse subproduto das granjas, a Emater - Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais e a Embrapa Milho e Sorgo estão incentivando a aplicação da cama de frango como adubo de lavouras, principalmente do milho.
"A cama de frango contém vários nutrientes como o nitrogênio, o fósforo e o potássio em quantidades interessantes e que podem ser prontamente disponibilizados para as plantas", explica o coordenador técnico de Culturas da Emater-MG, Walfrido Machado Albernaz. Além dos benefícios para as plantas, as instituições de pesquisa estão analisando a questão da fertilidade do solo. A cama de frango possui matéria orgânica que o adubo químico não possui.
De acordo com Patrícia Tristão, tutora do Portal de Informação do CPT – Centro de Produções Técnicas, “o Mapa proibiu o uso desses subprodutos avícolas para evitar a contaminação do rebanho com doenças como a da vaca louca e botulismo. Trabalhar isso como adubo é promover economia para o produtor, já que o custo com a adubação convencional é superior e a produtividade é a mesma”.
A cama de aviário ou cama de frango é constituída de dejetos, penas, resíduos de ração e outros que ficam acumulados no piso das granjas. Há também os dejetos de suínos, sangue e derivados, farinha de sangue, de carne e ossos, exceto a farinha calcinada. Ainda estão incluídos os resíduos de açougue e produtos que contenham, em sua composição, proteínas e gorduras de origem animal.
Por: Ariádine Morgan
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