A compostagem é um processo natural de fermentação aeróbica conduzido por microrganismos, no qual a matéria orgânica é decomposta e reincorporada à natureza, podendo ser utilizada como adubo, explica Professor Marcelo Dias da Silva, do Curso CPT Compostagem de Carcaças e Outros Resíduos de Origem Animal.
Na produção animal, a geração contínua de resíduos destaca a compostagem como o método mais eficaz para evitar a poluição ambiental decorrente do descarte inadequado. Entretanto, é importante conhecer os princípios e diretrizes para sua implantação correta na propriedade.
A compostagem não apenas considera o aspecto ambiental, mas também a biossegurança e a prevenção da disseminação de patógenos, que pode ocorrer mesmo dentro da propriedade.
A biotecnologia aplicada à compostagem reproduz de forma controlada e acelerada as condições naturais desse processo. Contudo, o aumento populacional e o crescimento urbano têm intensificado a produção animal, resultando em um volume significativo de resíduos. Nesse cenário, soluções economicamente viáveis e ambientalmente corretas, como a compostagem, são essenciais.
Durante a compostagem, a decomposição da matéria orgânica pelos microrganismos resulta em um biocomposto de alta qualidade que pode ser utilizado como adubo para plantas e solo. É importante ressaltar que a decomposição de material vegetal difere da decomposição de fezes, urina e carcaças em relação à biossegurança.
Para transformar os resíduos da produção animal em recursos positivos para o meio ambiente, é importante que o produtor rural desenvolva uma consciência ambiental e se preocupe com o impacto ambiental de sua propriedade. Isso não apenas melhora a qualidade de vida dos funcionários e da família, mas também preserva a propriedade, evitando sua degradação.
Técnicas tradicionais:
Antigamente, resíduos de animais, como carcaças, restos de partos e animais mortos, eram descartados a céu aberto. Hoje, essa prática é considerada inaceitável devido ao risco de atrair animais como urubus e outros animais sinantrópicos, o que pode promover a disseminação de doenças. Além disso, o consumo dessas carcaças por outros animais pode resultar em doenças como clostridioses e botulismo.
A seguir, serão apresentadas outras formas de descarte de resíduos de animais:
Valas | A escavação é realizada para enterrar resíduos como lixo e carcaças de animais. No entanto, essa técnica pode atrair animais carnívoros, como os gambás, que ao escavar, podem disseminar patógenos pelo ambiente. Além disso, a vala está sujeita a inundações, o que pode contaminar o lençol freático e as fontes de água da propriedade. |
Incineração | A alta umidade presente nas carcaças requer uma alta temperatura durante a incineração, resultando em uma significativa poluição do ar e riscos de acidentes. É importante ressaltar que a legislação ambiental referente à incineração de carcaças é rigorosa, e em algumas localidades, a propriedade flagrada queimando carcaças pode ser multada. Além disso, a incineração produz maus odores e tem um custo associado. |
Fossas anaeróbicas | As valas são estruturas de concreto usadas para o depósito de dejetos. No entanto, essa técnica apresenta desvantagens, como a produção de chorume e mau odor devido à geração de metano. Além disso, ao longo do tempo, não há espaço para a construção de novas fossas, pois as antigas vão se acumulando no ambiente. |
Compostagem | Trata-se de um processo aeróbico controlado, realizado por microrganismos decompositores, para o tratamento de resíduos orgânicos. Esse processo é aplicável a resíduos de origem urbana, industrial, agrícola ou florestal. Durante esse processo, os microrganismos decompõem a matéria orgânica, liberando dióxido de carbono (CO2) e vapor de água (H2O). |
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Por: Thiago Faria
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