O "escape no tempo" consiste em plantar a cultura em questão, fora da época de maior ataque de cupins. Por exemplo, para o caso do eucalipto, uma técnica que tem sido usada com sucesso em algumas regiões do estado de Minas Gerais, é o plantio em época chuvosa. Neste caso, mesmo se há um ataque por cupins, as mudas de eucalipto conseguem se recuperar com maior facilidade do que se o plantio fosse feito durante a época seca, explica o Prof. Dr. Og Francisco Fonseca de Souza, do Curso CPT Controle de Cupins em Áreas Agrícolas.
Como barreiras físicas, várias soluções são possíveis, dependendo da situação específica. Para mudas de eucalipto, por exemplo, a melhor estratégia consiste no plantio em "tubetes", usando viveiros suspensos. Desta forma, dificulta-se enormemente o contato dos cupins com as mudas, evitando-se o ataque sem necessidade de uso de inseticidas.
Sabe-se também que os cupins não conseguem construir canais em solos que apresentem grãos de tamanho intermediário entre o tamanho máximo que os cupins conseguem romper com as mandíbulas; e o tamanho mínimo que permita a manipulação para construção dos túneis.
Assim, recomenda-se construir trincheiras em volta de construções (como se fosse um segundo alicerce circundado toda a estrutura) e preenchê-lo com areia peneirada. O tamanho dos grãos dependem da espécie de cupins a ser eliminada e, para isso, é importante consultar um especialista.
Como regra, usa-se grãos entre 1,6 a 2,4 mm, mas para algumas espécies pode ser necessário usar-se grãos entre 2,4 e 3,0 mm.
Uma variação desta técnica está em uso ultimamente em alguns plantios de cana-de-açúcar, especialmente, no cultivo mínimo. Assim, há quem recomende o uso de sulcos largos e profundos para atrasar o ataque de cupins aos toletes. A ideia aqui é garantir que o tolete esteja protegido por uma camada de solo bastante desestruturado, como se fosse a barreira granulométrica descrita acima. Até que o solo se estruturasse novamente, as plantas jovens já estariam mais desenvolvidas, podendo resistir a um eventual ataque.
A mesma técnica já começa a ser avaliada para o uso em hortaliças como, por exemplo, cultivos de cenoura. Nestes casos, em vez de sulcos profundos, pode-se optar por construir o canteiro sobre uma "cama granulométrica", isto é, uma camada de areia peneirada envolvendo o canteiro por baixo e em todas suas laterais.
As barreiras químicas consistem em se aplicar inseticidas em torno da construção ou peça a ser protegida. Uma variante disso é o tratamento de madeiras, com a impregnação profunda (via diferença de pressão) de peças de madeira com substâncias altamente tóxicas.
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Por: Thiago de Faria
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