
“O ovo de galinha é um alimento apreciado na alimentação humana desde a antiguidade. Atualmente, criar galinhas poedeiras, tornou-se uma forma rentável de produção, pois a tecnologia foi aprimorada ao longo dos anos. Como resultado, o avicultor passou a oferecer ao consumidor um produto com alto padrão de qualidade”, ressalta Júlio Maria Ribeiro Pupa, médico veterinário especialista em nutrição animal e professor do Curso CPT a Distância e Online Galinhas Poedeiras - Produção e Comercialização de Ovos.
As linhagens comerciais de galinhas poedeiras são selecionadas por melhoramento genético para produção de ovos com qualidade externa (casca) e interna (gema e clara). A nutrição das poedeiras é um fator de suma importância, indispensável ao padrão qualitativo dos ovos. Fornecer cálcio às galinhas, horas antes de apagar as luzes do galpão, por exemplo, aumenta a biodisponibilidade desse mineral para o processo de síntese da casca. Já o zinco melhora a resistência da casca do ovo.
Rações fornecidas em horários alternados e em duas parcelas: uma pela manhã (com alto teor energético e proteico) e outra pela tarde (com maior concentração de sais minerais) melhoram a qualidade da casca. Vale lembrar que, com o passar dos anos, a galinha poedeira passa a produzir ovos maiores e mais leves, com casca frágil. Por esse motivo, garantir às aves uma dieta balanceada, com os nutrientes adequados, impede a produção de ovos excessivamente grandes e melhora a qualidade casca.
A espessura da clara do ovo também é determinada pela genética das aves poedeiras. Além desse importante aspecto, a qualidade da clara é influenciada por: nutrição, sanidade das aves, idade das poedeiras, bem como tempo e temperatura de armazenamento. No caso da idade das aves, as poedeiras com mais tempo de vida produzem ovos com baixa viscosidade na clara. Entretanto, uma dieta equilibrada, enriquecida com vitaminas C e E, impede que as galinhas produzam ovos com albúmen pouco viscoso.
Como avaliar a qualidade dos ovos de galinha
Há setenta anos, avicultores brasileiros têm feito o controle da qualidade dos ovos por ovoscopia. Como é uma técnica não invasiva, ela conserva as características externas e internas do ovo, o que facilita a identificação de defeitos na gema, clara e casca. Sob uma fonte de luz em um ambiente escuro, é possível definir tamanho e profundidade da câmara de ar do ovo (área onde se desenvolve o embrião).
Além da ovoscopia, há outros métodos de avaliação da qualidade do ovo:
Qualidade externa do ovo
Medição da resistência à ruptura, com o auxílio de um texturômetro, que testa a força suportada pelo ovo antes de quebrar. Medição da espessura da casca, realizada com micrômetro, que testa a densidade e a grossura da casca. Método da gravidade específica, por imersão do ovo fresco na água com salinidade de 1.065 a 1.100 m, igualmente utilizado para avaliar a qualidade da casca.
Qualidade interna do ovo
O método conhecido como “Unidade Haugh” avalia não apenas a qualidade interna do ovo, como também a vida útil do produto. No processo, o ovo é refrigerado, entre 7,2 e 15,6°C, para facilitar a medição (micrômetro) da altura do albúmen a partir da borda da gema. Já a cor da gema pode ser avaliada com a ajuda de um leque de cores padronizado e um colorímetro. Por fim, a resistência da gema é determinada pela força da membrana perivitelina.
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Fonte: avicultura.info
Por Andréa Oliveira.

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