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Fabricação de sorvetes de massa

Com a descoberta das técnicas de congelamento, a fabricação de sorvete passou a ser feita sem o auxílio da neve

 

Fabricação de sorvete de massa

O sorvete é um alimento rico em nutrientes, contendo proteínas, açúcares, gordura, vitaminas A, B1, B2, B6, C, D, K, cálcio, fósforo e outros minerais essenciais em uma nutrição balanceada

O sorvete teve origem em épocas muito antigas. Os chineses, há 3.000 anos, já utilizavam uma mistura de neve com sucos de frutas, a precursora dos sorvetes. Já o imperador romano Nero, por volta do ano 62 d.C., costumava enviar escravos até os Alpes para trazer neve, que era misturada com sucos de frutas e mel. Antes do ano 1.300, Marco Polo trouxe para o Ocidente várias receitas de sorvetes. Essa iguaria tornou-se popular na França, por volta de 1500, mas apenas entre a realeza. A nata foi introduzida como ingrediente e, por volta de 1700, as pessoas saboreavam uma sobremesa muito parecida com o sorvete de hoje.

Com a descoberta das técnicas de congelamento, a fabricação de sorvete passou a ser feita sem o auxílio da neve. Por volta de 1800, vários cafés e restaurantes da Europa já serviam sorvetes. Em 1851, foi fundada a primeira fábrica de sorvete, em Baltimore. Alguns anos depois, com a introdução dos freezers, as sorveterias se espalharam pelo mundo todo. No Brasil, a produção industrial de sorvete teve início somente em 1941.

 

“Atualmente, a Associação Brasileira das Indústrias de Sorvetes (ABIS), que reúne os fabricantes de sorvete do Brasil, tem como meta fazer com que o sorvete seja visto pelos consumidores como um alimento, rico nutricionalmente, que pode ser consumido em qualquer época do ano, como acontece em outros países”, afirma Ronaldo Santana Oliveira, professor do curso Como Montar e Operar uma Sorveteria, elaborado pelo CPT – Centro de Produções Técnicas.

 

Os ingredientes básicos do sorvete são leite, açúcar, gordura, água, aromatizantes, estabilizantes e emulsificantes. Com esses ingredientes, é feita uma mistura (ou calda), que é pasteurizada, homogeneizada e congelada. No processo de congelamento, além da retirada rápida de calor, é feita uma agitação da calda, para incorporação de ar, para se obter um produto macio e leve.

 

O bom sorvete é formado por gotas de gordura, bolhas de ar e cristais de gelo, igualmente dispersos em uma espessa solução de açúcar para formar a matriz semissólida, congelada e aerada que tanto apreciamos. Além disso, é um alimento rico em nutrientes, contendo proteínas, açúcares, gordura, vitaminas A, B1, B2, B6, C, D, K, cálcio, fósforo e outros minerais essenciais em uma nutrição balanceada.

 

Balanceamento da calda

 

O balanceamento consiste em uma série de cálculos realizados para se determinar a quantidade correta de cada ingrediente que irá compor o sorvete. Cada matéria-prima é analisada, primeiro individualmente, com relação à função, à cor, ao sabor e às demais características. Em seguida, em conjunto com os demais componentes, de forma a atender as especificações da legislação.

 

Quanto maior o teor de gordura, menor deve ser o teor de sólidos não-gordurosos do leite para que não ocorra a precipitação da lactose, devido ao excesso de sólidos totais. A quantidade mínima de açúcar sofre um pequeno acréscimo e o teor de estabilizantes e emulsificantes pode sofrer uma pequena redução. O importante é saber qual a porcentagem de cada componente do sorvete presente nos diferentes tipos de ingredientes.

 

Preparo da mistura

 

  •   Os ingredientes selecionados devem ser retirados da área de estocagem e levados para a área de processamento, onde serão pesados e misturados;

  •   Antes de manusear e pesar a glucose pasta, é preciso passar água nas mãos e nos utensílios para que ela não grude;

  •   Primeiro, coloca-se o leite na pasteurizadora, que deve ser ligada para iniciar a agitação e o aquecimento;

  •   Para evitar a formação de grumos dos materiais secos, o leite em pó, o estabilizante e o emulsificante devem ser misturados, previamente, com uma porção do açúcar da formulação;

  •   O açúcar e o leite em pó podem ser adicionados após o leite, sem que este esteja aquecido;

  •   Já a gordura, o emulsificante e a glucose pasta devem ser adicionados , somente após o leite atingir 45°C, para que se dissolvam mais rapidamente e emulsionem na calda. Se a gordura for adicionada em temperatura mais baixa, vai ficar flutuando e pode danificar o equipamento com o tempo. Produtos congelados, como a manteiga e o creme, bem como ingredientes sólidos, como o chocolate, devem ser cortados em pedaços, antes de serem adicionados à calda, para melhor derretimento;

  •   A mistura pode ser feita em misturadores com aquecimento ou no próprio tanque de pasteurização, sendo posteriormente pasteurizada.

Pasteurização

 

A pasteurização é um processo térmico para redução da carga microbiana inicial do produto e eliminação dos microrganismos patogênicos. A calda é aquecida até uma determinada temperatura, por um determinado tempo. A legislação brasileira exige que preparados para gelados comestíveis, à base de leite ou de ovos, sejam submetidos à pasteurização.

 

No processo contínuo de produção de sorvete, a temperatura da mistura é elevada, rapidamente, à temperatura de 80°C, por 25 segundos e resfriada rapidamente. Já no processo descontínuo, ou em batelada, a mistura é aquecida a temperaturas entre 69 e 71°C, por 30 min, sendo resfriada, rapidamente, em seguida.

 

O resfriamento faz parte da pasteurização e não deve exceder 2 horas para atingir a temperatura de 4ºC. Tempo superior pode provocar a fermentação e ou uma nova contaminação microbiana da calda.

 

A pasteurização também serve para solubilizar e dispersar melhor os ingredientes, conferindo uniformidade e sabor mais acentuado.

 

Homogeneização

 

A homogeneização consiste em reduzir e uniformizar as partículas de gordura pela passagem forçada da calda, por meio de pequenos orifícios, em temperatura de 50ºC, ou um pouco acima, para se ter certeza de que a gordura está líquida.

 

Se a homogeneização for bem feita, a gordura não irá separar, evitando a formação de uma camada de gordura. Após a homogeneização, a calda deve ser resfriada, rapidamente, à temperatura de 4ºC; caso contrário, o produto torna-se excessivamente viscoso, fazendo com que o sorvete não derreta suavemente. A homogeneização e o resfriamento podem ser feitos durante a pasteurização.

 

Maturação

 

Nessa etapa, ocorre a hidratação dos componentes secos da calda. A água livre hidrata os estabilizantes, formando géis entre a liga e a água. A água deixa de ser livre e passa a estar aprisionada, o que regula a formação de cristais de gelo. Os géis formados propiciam mais corpo e auxiliam na estrutura. Além disso, ocorre a solidificação da gordura, com o abaixamento da temperatura.

 

Esse processo confere ao sorvete uma textura mais macia e mais corpo. Também melhora o “overrun”, ou seja, a incorporação de ar à calda, por batimento durante o processo de congelamento, o que resulta no aumento do volume de calda inicial.

 

Saborização

 

A calda pasteurizada é colocada em um liquidificador. Em seguida, adiciona-se o pó saborizante, para conferir aroma, cor e sabor ao sorvete, seguindo-se as recomendações do fabricante para determinar a quantidade de produto a ser adicionada. Após a mistura com o saborizante, a calda pode ser levada para a máquina produtora para a etapa de congelamento.

 

Congelamento

 

O congelamento na máquina produtora deve ser rápido, enquanto a mistura é agitada, para incorporar ar e evitar a formação de cristais de gelo. Esse processo bem feito faz com que o sorvete fique suave no corpo e na textura, tenha bom sabor e bom “overrun”.

 

Quando a calda atinge o ponto de congelamento, a água líquida muda para o estado sólido, formando cristais de gelo. Assim, a água é removida da calda, com a concentração dos sólidos solúveis. Com isso, o ponto de congelamento cai, sendo necessário o abaixamento da temperatura para que continue o congelamento. A concentração dos sólidos aumenta até que o ponto de congelamento atinja uma temperatura em que mais nenhum cristal de gelo seja formado.

 

Acondicionamento

 

A embalagem que recolhe o sorvete que sai da produtora deve ser refrigerada, previamente, de maneira que estejam bem gelados na hora do envase para que não ocorra o descongelamento da parte do sorvete que toca nas paredes. Deve-se também evitar a formação de bolsas vazias, ao encher os vasilhames.

 

Após ser colocado na embalagem, o sorvete deve ser, imediatamente colocado em um freezer ou câmara de endurecimento, para que o restante da água livre se congele, em temperaturas entre –25 e –28°C. O endurecimento deve ser rápido e a temperatura deve ser uniforme para que a água livre não forme cristais de gelo grandes.

 

Armazenamento

 

A armazenagem do sorvete pronto deve ser feita em condições adequadas para que não perca qualidade. Deve ser armazenado em local separado das matérias-primas e dos ingredientes. O freezer de armazenamento deve estar em temperatura igual ou inferior a –18°C. No balcão expositor, no local de venda dos sorvetes, a temperatura deve manter-se o mais constante possível, entre –12 e –17°C.

 

Confira mais informações, acessando os cursos da área Pequenas Empresas.

 

Por Andréa Oliveira

 

 

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Comentários

nair gil

5 de fev. de 2021

Gostaria d obter mais informações sobre o curso d sorvete artesanal...obrigada

Resposta do Portal Cursos CPT

11 de fev. de 2021

Olá, Nair

Como vai?

Agradecemos sua visita ao nosso site!

Ficamos felizes em saber do seu interesse em nosso curso. Em breve, uma das nossas consultoras entrará em contato com informações e esclarecimentos sobre os cursos que serão fundamentais para o seu aprendizado.

Atenciosamente,
Erika

Andre guimaraes

3 de out. de 2018

Muito bom exelente explicaçoes com detalhes minuciosos e tecnicos ..um abraço.

Resposta do Portal Cursos CPT

3 de out. de 2018

Olá Andre,

Agradecemos a visita e comentário em nosso site.

Ficamos felizes que tenha gostado do nosso conteúdo.

Atenciosamente,

Mariana Caliman Falqueto

Maria Waldirene Silva

27 de mar. de 2018

O curso nos disponibiliza os endereços de todos os fornecedores de maquinários e produtos? vocês tem cursos presenciais?

Resposta do Portal Cursos CPT

28 de mar. de 2018

Olá Maria Waldirene,

Agradecemos sua visita e comentário em nosso site. Nossos cursos são todos à distância e não disponibilizamos os endereços dos fornecedores.

Atenciosamente,
Victor Sampaio

Claudio

21 de mai. de 2017

Bom dia ótimas dicas, não tenho pasteurizadora, posso usar resistência elétrica .

Resposta do Portal Cursos CPT

23 de mai. de 2017

Olá Cláudio,

Agradecemos sua visita e comentário em nosso site. Para mais informações cadastramos seu e-mail para receber nosso boletim informativo.

Atenciosamente,

Ana Carolina dos Santos

Alexandre Anselmo de Lucena

6 de abr. de 2017

Quanto tá o curso

Resposta do Portal Cursos CPT

7 de abr. de 2017

Olá Alexandre,

Agradecemos sua visita e comentário em nosso site. Nossas consultoras entrarão em contato com mais informações sobre o Curso a Distância Como Montar e Operar uma Sorveteria.

Atenciosamente,

Ana Carolina dos Santos

Fabia Lopes da silva

7 de fev. de 2017

Gostaria de saber depois do sorvete feito por quanto tempo eu posso mantê-lo no freezer ,só q o que eu faço eu uso aliga neutra é o emulsificante mas as frutas

Resposta do Portal Cursos CPT

24 de fev. de 2017

Olá Fábia,

Agradecemos sua visita e comentário em nosso site. Se armazenado de forma correta, e com a temperatura em torno de -14ºC à -21ºC, sua validade é de até 10 meses.

Atenciosamente,

Ana Carolina dos Santos

Nivaldo Mendes dos Santos

2 de fev. de 2017

Acredito que seja ótimo

Resposta do Portal Cursos CPT

23 de fev. de 2017

Olá, Nivaldo!


Agradecemos pela visita e comentário em nosso site. Continue nos visitando! Diariamente postamos conteúdos dos mais diversos temas que muito podem contribuir para o seu aprendizado.


Atenciosamente,

Equipe CPT de Redação

Sandy lino

7 de set. de 2016

Em que ano foi feita essa publicação, e em que cidade e estado? obs: quero usar como referencia.

Resposta do Portal Cursos CPT

8 de set. de 2016

Olá Sandy,

Este artigo foi publicado no dia 21/11/2012, pelo Setor de Conteúdo do Centro de Produções Técnicas, que fica na Cidade de Viçosa - MG.

Atenciosamente,

Ana Carolina dos Santos

Thais

8 de abr. de 2016

Quando foi feita a citação pelo professor Ronaldo Santana Oliveira?

Resposta do Portal Cursos CPT

11 de abr. de 2016

Ola Thais,

Ela foi feita no dia 21/11/2012.

Atenciosamente,

Ana Carolina dos Santos

manoelina ferreira lima

13 de set. de 2015

Fabriquei sorvete a oito anos, estou com vontade de voltar na atividade,mas quero me aprimorar nas novas técnicas de fabricação para que o produto não perca a qualidade. obrigado aguardo resposta.

Resposta do Portal Cursos CPT

14 de set. de 2015

Olá, Manoelina!

Agradecemos sua visita e comentário em nosso site. Nossas consultoras entrarão em contato com mais informações sobre o Curso CPT Como Montar e Operar uma Sorveteria.

Atenciosamente,

Ana Carolina dos Santos

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