A história da humanidade pode ser entendida, de certa forma, pela história dos jardins. Desde a antigüidade os jardins estão presentes nas obras mais importantes do homem. Nos primórdios embora existissem jardins com flores e significados diferentes, esses eram caracterizados pela presença de grandes obras arquitetônicas e eram, de certa forma, fechados, pois eram jardins particulares.
Na idade média as coisas não mudaram muito. Os jardins que já eram particulares, se fizeram na forma de claustros, com uma utilização ainda mais controlada. Passando para o momento do Renascimento, os jardins tomaram uma posição superior. As plantas têm um peso maior, igualando-as às construções e estátuas. Datam do Renascimento, os belos jardins que continuavam sendo privilégio das classes abastadas, em que o exemplo clássico são os jardins do palácio de Versalles.
Com o advento da industrialização, o recrutamento de mão-de-obra impôs à população urbana um modo de vida estafante, com péssimas condições de moradia e agravada pela mudança radical de uma paisagem verde, bucólica, por uma paisagem estéril.
Essa falta de perspectiva de lazer e a pressão psicológica da mudança de paisagem, levaram os planejadores urbanos a buscar uma forma compensatória para o aumento da produtividade no trabalho. Resultaram daí, a abertura de alguns jardins particulares ao público e, mais tarde, à criação dos primeiros espaços públicos ajardinados onde a presença do vegetal tentava traduzir na paisagem urbana um pouco da paisagem rural abandonada pelos trabalhadores da indústria.
Dessa forma, o desenho das praças públicas de hoje é fruto dessa mudança imposta pela industrialização. Paralelamente, o uso aberto levou a uma popularização do jardim como um todo e assim tornou-se comum o gosto e a procura pelo cultivo de plantas de modo particular. Moderadamente já não se concede um projeto arquitetônico sem a inclusão de um jardim e, quando o espaço é muito pequeno, a criatividade do paisagista lança mão de plantas domesticadas para uso em floreiras, vasos e jarras, de tal modo que a construção seja valorizada pelas flores.
O gosto e a habilidade pessoal no trato com as plantas propicia que cada um possa elaborar um jardim. Assim, alguns ficam realmente bonitos e outros nem tanto mas, seguramente, se são elaborados pelo proprietário adquirem um significado especial pela participação. Donas-de-casa com gosto apurado costumam fazer belos jardins mesmo sem o conhecimento técnico para isso. Para as pessoas que não têm esse gosto e essa habilidade mas querem valorizar sua casa existem os paisagistas e os jardinistas que elaboram projetos e implantam jardins.
Para um jardim bem planejado é primordial o conhecimento de plantas, sua reprodução e produção, bem como as exigências de cultivo de cada uma. Além disso, são importantes os conhecimentos de alguns princípios de estética como a harmonia, o equilíbrio, a escala e o uso de cores e texturas. A busca desse conhecimento, antes trabalhosa na procura das fontes escritas, tornou-se muito mais fácil com a tecnologia do vídeo.
Hoje, com cerca de cinqüenta minutos de um filme agradável, colorido, com imagens criteriosamente selecionadas e exemplares e um manual prático, qualquer um pode planejar o seu próprio jardim. Este Curso Planejamento e Implantação de Jardins foi produzido dentro de um convênio de cooperação técnica entre a UFV - Universidade Federal de Viçosa e o CPT - Centro de Produções Técnicas e está à sua disposição. A coordenação do curso é do Prof. Wantuelfer Gonçalves, doutor em Paisagismo pela USP, Professor do Departamento de Enga Florestal e Chefe do Setor de Parques e Jardins da Universidade Federal de Viçosa - UFV
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