Um sistema de pastejo constitui uma combinação definida e integrada do animal, da planta, do solo e de outros componentes do ambiente e os métodos de pastejo pelos quais o sistema é manejado para atingir resultados ou objetivos específicos. No pastejo rotacionado, a pastagem é subdividida em um número variável de piquetes, que são utilizados um após o outro, podendo também ser com carga fixa ou variável. Já no No pastejo contínuo, a pastagem é utilizada sem descanso, durante todo o ano, ou durante várias estações, podendo ser com carga fixa (o número de animais é fixo) ou com carga variável (o número de animais varia ao longo do ano, de acordo com a disponibilidade de forragem).
O sistema de pastejo rotacionado tem vantagens sobre o contínuo principalmente quando há o aumento na taxa de lotação animal na área, refletindo maior produção de forragem. No entanto, é importante ressaltar, também, que qualquer que seja o sistema de pastejo poderá resultar em ótimo desempenho animal, pois o mais importante é o consumo de energia, o qual está relacionado com a disponibilidade da forragem, proporção de folhas na pastagem, digestibilidade e consumo de forragem.
Um sistema de pastejo constitui uma combinação definida e integrada do animal, da planta, do solo e do ambiente
“O aumento na eficiência de colheita da forragem pelos animais se deve graças à uniformidade do pastejo proporcionado e não devido ao aumento na produção de forragem”, afirma o professor Adilson de Paula Almeida Aguiar, do Curso Pastoreio de Lotação Rotacionada para Gado de Leite e Corte. Em outras palavras, a adoção de pastejo rotacionado rápido, com alta lotação animal, em menores áreas, contribui para a uniformização do pastejo e ganhos em produtividade. E, por sua vez, a produção de forragem só pode ser aumentada com a introdução de nutrientes no sistema, através da adubação da pastagem ou através da fixação de nitrogênio pela forrageira, principalmente pelas leguminosas.
É importante que o pecuarista saiba que em situações onde a rebrota é lenta, devido à eliminação frequente dos meristemas apicais, ocorrem sérios prejuízos para a produtividade da planta forrageira e abrevia a sua persistência na pastagem. Nessa condição, a frequência de pastejo deve ser diminuída, o que possibilita períodos de descanso adequados para a planta forrageira conseguir se recuperar.
O período de ocupação nos piquetes, portanto, vai depender do ritmo de crescimento das plantas e da estrutura disponível. Períodos de ocupação próximos de um dia deverão ser adotados apenas em sistemas de uso intensivo da pastagem, quando as adubações, principalmente com nitrogênio, aceleram o ritmo de crescimento da planta.
A distribuição desuniforme das dejeções dos animais e as perdas que ocorrem com os nutrientes minerais durante a pastagem são fatores determinantes para que seja imprescindível a adubação do pasto a fim de evitar a queda na produção de forragem e manter a perenidade da planta forrageira.
O período de ocupação nos piquetes, portanto, vai depender do ritmo de crescimento das plantas e da estrutura disponível
1- A implantação do pastejo rotacionado
É comum de o pecuarista querer saber qual deve ser a forma dos piquetes. Na literatura, a recomendação mais encontrada é de que a forma deve ser a mais quadrada possível ou retangular, sendo que o comprimento não deve ultrapassar em três vezes a medida da largura. Os dados indicam que pastos ou piquetes com estas formas são pastejados mais uniformemente.
Pastos em forma de pizza ou em leque chegando nas áreas onde ficam os bebedouros e os saleiros (áreas de lazer ou de descanso) devem ser evitadas, pois há uma tendência de ocorrer pastejo desuniforme, com superpastejo próximo a essas áreas. Atualmente, muitos projetos de pecuária estão sendo desenvolvidos com o uso de irrigação com pivô central e ainda não se tem uma forma de divisão dos piquetes que não seja em pizza, com todos os piquetes chegando a uma área de lazer no centro onde fica o pivô.
2- Áreas de lazer ou de descanso
Uma maneira de economizar com a implantação de fontes de água e saleiros é a construção de "áreas de lazer" ou "área de descanso", que são comuns a todos os pastos ou piquetes de um módulo (unidade de manejo formada por vários pastos ou piquetes que é manejada com um ou dois grupos de animais) através de um corredor, ou na divisão de quatro pastos.
Nessas áreas, os animais encontram a fonte de água, os saleiros e sombra, onde podem descansar e ruminar. Na implantação dessas áreas, considera-se uma área de pelo menos 5,0 m2/UA e 3 cm lineares de área de chegada/UA e 4 cm para vacas paridas, nos saleiros. Quando se adota o pastejo rotacionado passa a ser possível colocar o sal praticamente todos os dias, pois o número de pastos para ser olhado diminui.
3- Divisões dos pastos
As divisões dos pastos ou piquetes devem ser feitas com cercas elétricas, pois o custo de implantação tem sido quatro vezes mais baixo, quando comparado com o custo para a implantação de cercas convencionais.
4- Custo da implantação
O custo ainda pode ser mais baixo, aproveitando-se o arame e as lascas de cercas convencionais já existentes na propriedade, pois estes são os materiais mais caros. O menor investimento em cercas elétricas por hectare é conseguido em divisões de grandes áreas, devido à menor necessidade de isoladores de canto (tipo castanha), esticadores, colchetes, lascas ou postes, e pela diluição dos custos desses materiais e do eletrificador em um maior número de hectares.
A vida útil da cerca elétrica é estimada em 8 anos, mas acredita-se que pode ser muito maior do que as cercas convencionais
5- Durabilidade da cerca
A vida útil da cerca elétrica é estimada em 8 anos, mas acredita-se que pode ser muito maior do que as cercas convencionais, pois, nas cercas elétricas, os animais não se encostam para coçarem ou tentam ultrapassá-las, já que respeitam o choque.
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Por Silvana Teixeira
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Comentários
Marcosxandreste
21 de set. de 2023Gado leiteiro
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22 de set. de 2023Olá, Marcos! Como vai?
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Fabiano de Paula Ferreira
7 de fev. de 2021Gostaria de receber informações dos cursos.
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10 de fev. de 2021Olá, Fabiano
Como vai?
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30 de mai. de 2017Olá, bom dia! Preciso somente que me digam a data da postagem desta publicação. Este conteúdo vai me ser muito útil para meu trabalho de Extensão Rural. Obrigada!
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30 de mai. de 2017Olá Karina,
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Jorge Pardim
12 de mai. de 2017Olá, parabéns pelo artigo! Conteúdo muito bom e de fácil entendimento! Grande abraço!
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15 de mai. de 2017Olá Jorge,
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