Provavelmente, a reprodução é a fase da pecuária de corte que depende de uma gestão detalhada para que bons resultados sejam alcançados. “Apesar disso, é comum, nas propriedades brasileiras, que índices zootécnicos baixíssimos sejam obtidos, assim como uma lucratividade abaixo do potencial, decorrentes de uma gestão frágil”, afirma Mateus Contatto Caseta, professor do Curso a Distância CPT Gestão na Pecuária de Corte.
Para gerenciar o rebanho de matrizes e o manejo reprodutivo, é indispensável a marcação dos animais, o registro de dados nos livros de escrituração zootécnica ou o uso de programas computacionais de controle, para que seja possível fazer a comparação e avaliação dos resultados obtidos.
São preconizadas anotações em dois tipos de “Cadernos de Controle do Rebanho”, um para machos, caso seja usada a monta a campo, e outro para fêmeas. Nesses cadernos, os dados anotados podem variar de acordo com a ênfase a ser dada no manejo. No caderno para fêmeas, são registrados dados como número do animal, data de nascimento, data e peso à desmama, data e peso no sobreano, data e peso na primeira cobertura e, a cada ciclo reprodutivo, data e peso na inseminação ou cobertura e data do diagnóstico de gestação e do parto. Também, podem ser registradas observações sobre o animal, além da data de seu descarte.
Já, no caderno de controle dos machos reprodutores são registrados, além do número do animal, a data de nascimento, o peso ao desmame e a data da desmama, peso ao sobreano e aos 24 meses e a idade de abate.
Devem ser criadas também fichas de controle reprodutivo individual. Nelas, serão feitos registros específicos e mais detalhados sobre a reprodução: a data e a hora do cio, a data e a hora da inseminação, se for usada, e a identificação do touro doador de sêmen e a partida de sêmen utilizada. Serão registradas também três possíveis repetições de cio e execução de novas inseminações, a data do diagnóstico de gestação, a ocorrência do parto, data, sexo da cria e o peso. Se for usada monta natural, deve ser anotada a data da cobrição e identificado o touro que fez a monta.
Os dados registrados poderão ser transferidos para programas computacionais de gerenciamento do rebanho, onde serão tabulados, permitindo que seja feita a comparação dos resultados de cada animal, além de comparações e levantamentos estatísticos dentro do próprio rebanho. Mas, vale destacar que, embora a informática permita fazer comparações detalhadas entre animais, lotes e rebanhos com grande facilidade, também é possível fazer esse controle sem o computador.
Além das comparações, o registro dos dados reprodutivos nos cadernos e nas fichas viabilizará o cálculo dos principais índices zootécnicos relacionados à reprodução, tornando as tomadas de decisão de manejo muito mais precisas.
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Por Silvana Teixeira.
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