
Você, avicultor, está precisando calcular os custos de produção da sua granja? Podemos ajudar! Para começar, saiba que "os custos podem ser divididos de acordo com a sua natureza e de acordo com a variação quantitativa", explica Marcelo Carvalho de Souza, professor do Curso CPT Gestão Econômica e Financeira na Avicultura de Corte.
Mas, afinal, o que é isso? Como fazer? Pois bem, vamos lá!
- De acordo com sua natureza
• Investimento: custo em recursos que vão durar mais que um ciclo de produção.
• Despesa direta: gera desembolso.
• Despesa indireta: gera custo, mas não acarreta desembolso imediato.
- De acordo com a variação quantitativa
• Custo fixo: todo aquele cujo valor permanece inalterado durante todo o período do ciclo de produção.
• Custo variável: todo aquele cujo valor oscila proporcionalmente ao volume de produção.
Os custos fixos não estão sob o controle do produtor, o que quer dizer que eles acontecerão independentemente do volume de produção. Normalmente não acarretam desembolso direto e geram impacto econômico no longo prazo.
Vamos, aqui, considerar como custos fixos: remuneração da mão de obra familiar, depreciações de máquinas e equipamentos utilizados na atividade e o custo de oportunidade do dinheiro investido.
Os custos variáveis, por sua vez, oscilam de acordo com o volume de produção e, por isso, estão sob o controle do produtor. Acarretam desembolso imediato, uma vez que são consumidos em um ciclo de produção.
Exemplos de custos variáveis são concentrados, substratos de cama e itens de aquecimento, pois quanto maior o número de animais sendo criados, maior a demanda por esses itens.
Entretanto, alguns itens podem se comportar ora como custo fixo, ora como custo variável, tornando difícil a tarefa de serem estratificados. É o caso, por exemplo, da energia elétrica: ela tem um valor mínimo fixo de taxa de manutenção, portanto, se uma propriedade não consumir eletricidade em um mês, ainda haverá de pagar algum valor, mas é variável quanto ao uso, pois quanto mais usar, maior será o seu custo.
Uma forma de resolver esse impasse é utilizar a metodologia dos custos totais para a remuneração dos custos fixos, mas dividindo os custos de acordo com a metodologia dos custos operacionais. Dessa forma, são calculados: custo operacional efetivo, custo operacional total e custo total.
A depreciação dos bens é um custo que não gera para o produtor desembolso direto, mas exige que, de tempos em tempos, novos bens sejam adquiridos para substituir aqueles que esgotaram sua vida útil. Ela representa até 25% do custo total de produção na avicultura de corte.
O ideal é que o produtor faça uma reserva (poupança) se baseando no valor de novo e de depreciação dos bens da empresa para, quando for necessário substituí-los, não haver descontrole financeiro para conseguir pagar os custos.
Pensando nisso, percebe-se que, quando não há uma gestão eficiente na propriedade, o produtor acaba tendo um desembolso muito grande com a deterioração dos itens do inventário de recursos, o qual pode desencadear prejuízo irreversível para a empresa.
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Por Silvana Teixeira.
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