Júlio Puppa, professor do Curso a Distância CPT Galinhas Poedeiras – Produção e Comercialização de Ovos, afirma que o ovo de galinha é um alimento repleto de nutrientes e, por isso, é muito apreciado na alimentação humana desde a antiguidade sendo consumido em larga escala até nos dias de hoje.
A fim de assegurar a qualidade dos ovos que chegam à sua mesa, o manejo adequado é essencial, haja vista que se trata de um produto frágil. Essa técnica vai muito além de separá-los por tipo, como o branco ou o caipira, por exemplo, embalar e comercializar. São realizados vários processos, que devem ser executados de forma cuidadosa para que não interfiram também na quantidade da produção.
É importante que o ovo chegue ao mercado consumidor com a menor perda possível de sua qualidade original. Assim, é fundamental conhecer os vários fatores que podem influenciar a qualidade dos ovos depois da postura e, dessa forma, tomar as medidas necessárias no sentido de manter a qualidade original pelo maior tempo possível.
A parte inicial do manejo é a coleta. Ela deve ser feita próxima à hora da postura, evitando, assim, a contaminação por microrganismos nocivos ou o acúmulo de unidades, o que pode fazer com que eles se quebrem. Ainda na coleta, os ovos produzidos são classificados quanto a aparência em bons, trincados e sujos. Os bons são novamente classificados de acordo com o tamanho. Já os trincados e os sujos são separados e só serão reaproveitados se não apresentarem risco à saúde do homem. Isso evita que eles contaminem os ovos bons.
Ao armazená-los, eles devem ser conservados em temperatura ambiente e colocados em locais próprios para eles, como bandejas plásticas ou de papelão, com a ponta fina para baixo, sempre priorizando o “conforto” da produção, pois armazenar vários ovos empilhados em baldes ou recipientes grandes, pode haver a quebra de muitos, aumentando a perda na produção.
Posteriormente, é realizado o processo de lavagem, que tem a finalidade de desinfetar a casca e melhorar seu aspecto visual (para comercialização). Recomenda-se lavá-los em água com detergentes específicos e desinfetantes, com temperatura de 38 a 46° C, por, no máximo, quatro horas após a postura. A secagem deve ser feita em câmaras de ar quente, de forma a evitar manchas e proliferação de microrganismos após a desinfecção
Após todos esses processos, uma das etapas finais é a ovoscopia, que consiste em analisar o seu conteúdo através de uma luz, com o propósito de identificar possíveis anomalias, que os tornam inúteis no uso doméstico.
Por fim, eles recebem borrifos de óleo vegetal, que fecham os poros da casca e impedem definitivamente a entrada de microrganismos. Logo após esse processo, eles passam por uma última classificação, de acordo com o seu peso. Conforme o Artigo 6º do decreto nº 56.585, que regulamenta a classificação e fiscalização do ovo, são classificados em tipos, quais sejam:
-Tipo 1 (extra): peso mínimo de 60 g/unidade ou 720 g/dúzia.
-Tipo 2 (grande): 55 g/unidade ou 660 g/dúzia
-Tipo 3 (médio): 50 g/unidade ou 600 g/dúzia;
-Tipo 4 (pequeno): 45 g/unidade ou 540 g/dúzia.
Os ovos que não apresentarem as características mínimas exigidas para as diversas classes e tipos estabelecidos, são considerados impróprios para o consumo e, juntamente aos ovos separados na pré-seleção, poderão somente ser utilizados pela indústria, ou podem ser processados de ovos.
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Fonte: Rural Centro - ruralcentro.uol.com.br
por Renato Rodrigues
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