É muito importante fazer a avaliação e o monitoramento das condições de fertilidade da área a ser cultivada e a única forma de conhecer os estoques de nutrientes do solo, antes de decidir pelo seu uso na agricultura, é por meio da análise química do solo. Com ela, é possível saber a quantidade de adubos e corretivos que deve ser usada para melhorar a qualidade da terra. As plantas precisam de nutrientes que, muitas vezes, não são encontrados em quantidade suficiente no solo e devem ser repostos para garantir uma produtividade satisfatória.
Segundo Dr. Eufran Ferreira do Amaral, professor do Curso a Distância CPT Planejamento Estratégico de Propriedades Rurais, “A amostragem e análise do solo, para avaliação de sua fertilidade, devem fazer parte do planejamento da instalação das culturas agrícolas e, ou florestais. Ela serve para garantir o balanço nutricional adequado no solo e prevenir futuros problemas nutricionais que podem facilitar o aparecimento de pragas e doenças”.
A partir da avaliação da fertilidade do solo, pode-se aumentar a lucratividade, pois haverá um aumento da produção e da resistência da planta, diminuindo os gastos com inseticidas, herbicidas e fungicidas. Em consequência disso, haverá melhor qualidade de vida e menor impacto ambiental, inclusive, diminuindo a pressão sobre áreas com cobertura primária.
O primeiro passo para proceder a uma amostragem é subdividir a área em unidades homogêneas. Nessa subdivisão, devem ser considerados aspectos tais como: tipo de solo, topografia, vegetação e história da utilização desse solo. Os solos podem ser diferenciados pela sua cor, textura, profundidade, topografia, drenagem e outros fatores observados pelo responsável pela amostragem. Se todos esses fatores forem homogêneos numa lavoura, mas existe uma parte já utilizada ou até adubada, então esta última deve ser amostrada em separado.
As amostras de solo podem ser coletadas em qualquer época do ano, mas considerando que o transporte para o laboratório exige, em geral, uma semana ou mais, que duas semanas são necessárias para analisar as amostras e que a remessa dos resultados ao interessado exige uma semana ou mais, é aconselhável amostrar o solo um mês e meio ou dois, antes de se pretender efetuar adubação.
Em pastagens já estabelecidas, proceder à amostragem dois a três meses antes do máximo crescimento vegetativo. Em culturas perenes, amostras após a colheita. A profundidade de amostragem para culturas, como trigo, arroz, feijão, milho etc, deve ser aquela correspondente à camada arável, ou seja 17-20 cm. No caso de adubação superficial de culturas já estabelecidas, coletar amostras a 10 cm de profundidade.
Para culturas permanentes, como silvicultura, Heveicultura, fruticultura etc., as amostras devem ser coletadas nas profundidades de 0-20 cm e 20-40 cm antes da implantação da cultura. Após implantação, para realizar as condições de fertilidade do solo, coletar amostras na profundidade de 0-20 cm.
Para fazer a avaliação da fertilidade do solo, o agricultor deve retirar a amostra de terra que representa cada divisão da área. O passo seguinte é realizar a análise laboratorial, que indicará os níveis de nutrientes no solo, possibilitando o desenvolvimento de um programa de calagem, no caso de solos ácidos como os de cerrado e de adubação. Se o produtor não tiver conhecimentos técnicos para interpretar os resultados do laboratório, deve buscar os serviços de um engenheiro agrônomo. Após a interpretação, ele fará as recomendações de correção do solo.
A análise de solo deve ser repetida em intervalos de um a três anos, dependendo da intensidade da adubação, do número de culturas de ciclo curto consecutivas ou do estágio de desenvolvimento de culturas perenes.
As amostras podem ser enviadas por correio junto com todos os dados do proprietário. Os laboratórios demoram cerca de dez dias úteis para entregar os resultados e alguns oferecem interpretação dos resultados para a cultura que o produtor desejar.
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Por Silvana Teixeira.
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