Afonso Peche, professor do Curso a Distância CPT Plantio Direto, constituído de Livro+DVD, contextualiza que o plantio direto consiste em cultivar o solo sem realizar as conhecidas operações de plantio convencional, tendo como principal objetivo a conservação dos solos. Este sistema tem várias vantagens, como controle da erosão e melhoria das condições de temperatura e umidade favorecendo o desenvolvimento das culturas.
O milho é um produto que, como qualquer outro, apresenta suas peculiaridades. Inclusive, no que diz respeito a seu plantio. Fatores ambientais, como o déficit hídrico, a temperatura e a luminosidade afetam o crescimento e a produção do milho. Esse fato faz com que a época de plantio seja um dos fatores mais importantes a serem observados pelo agricultor, em quase todo o território nacional, principalmente nas regiões de alta latitude ou altitude.
O sistema de irrigação com as linhas enterradas apresenta maior vida útil que os portáteis e móveis, porque as tubulações ficam protegidas de choques mecânicos. Isso sem considerar que poderão ser danificadas em decorrência das repetidas manobras feitas durante as trocas de posições das linhas laterais.
O Brasil herdou as técnicas de cultivo europeias depois de um longo período como colônia portuguesa. Na Europa, é comum o uso da aração, que consiste em revolver a terra para o plantio. Isso é feito para renovar o solo depois de um longo tempo de geada. Se por lá esta era a forma mais adequada, por aqui ela não deu muito certo. Mas, demorou bastante tempo até se descobrir isso.
O Programa de Agricultura de Baixo Carbono (ABC), do Mnistério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) tem incentivado o Sistema de Plantio Direto na Palha (SPDP). Esta técnica tradicional, abandonada há muito tempo por muitos agricultores, consiste em plantar por cima dos resíduos deixados pela cultura anterior, sem remover a camada superior do solo. A terra só é revolvida nas partes onde ocorre a semeadura. Portanto, o SPDP deve ser usado principalmente em sistemas de rotação de culturas, consórcios ou sucessão.
O planejamento dos sistemas de produção e, particularmente, de sistemas pastoris, baseia-se em informações como a projeção da dinâmica do rebanho, a identificação de épocas críticas para a sua nutrição e o estabelecimento de níveis esperados de produtividade da pastagem ao longo do ano. “Essas informações permitem estabelecer épocas de provável escassez ou excesso de forragem e possibilitam prever intervenções de manejo para minimizar estresses nutricionais dos animais e condições inadequadas de utilização da pastagem”
Na aquaponia, peixes ou camarões são produzidos com hortaliças, em um sistema integrado, sustentável e inovador. No cultivo aquapônico, um organismo fornece ao outro o que precisa. Como o reaproveitamento da água e dos nutrientes é contínuo, eles são usados, de forma racional, na quantidade correta.
Na piscicultura, existe um sistema de criação de peixes e crustáceos conhecido como RAS - Sistema de Recirculação de Água. Por meio dele, a água do cultivo passa por tratamento para ser usada novamente, o que garante ao piscicultor maior economia de água. Trata-se de um sistema constituído de caixas de armazenagem com peneiras, que mudam as gramaturas conforme o tamanho os peixes.
A utilização de sistemas de tipificação que atendam a heterogeneidade do sistema pecuário brasileiro, embasados em uma produção orientada, é de grande valor. A técnica socorre o pecuarista que precisa ter conhecimento do nicho específico de mercado que está sendo atendido por seu produto e do valor que pode ser agregado a esse. O método permite o incentivo da produção de lotes de animais mais homogêneos e de boas carcaças, independente do sistema de terminação adotado, com direito a direcioná-los aos nichos de mercado interno e externo.
Entre as práticas e técnicas que permitem o uso do solo, durante um grande período de tempo, com alta taxa de produtividade, estão o plantio direto, a utilização de plantas de cobertura, como leguminosas e gramíneas, o consórcio e a rotação de culturas, assim como a aplicação de corretivos e fertilizantes. Esses fatores devem estar alinhados às leis ambientais, à necessidade de aumentar a renda familiar e de evitar as queimadas.