Entre as práticas e técnicas que permitem o uso do solo durante um grande período de tempo, com alta taxa de produtividade, estão o plantio direto, a utilização de plantas de cobertura, como leguminosas e gramíneas, o consórcio e a rotação de culturas, assim como a aplicação de corretivos e fertilizantes. Esses fatores devem estar alinhados às leis ambientais, à necessidade de aumentar a renda familiar e de evitar as queimadas.
Segundo o pesquisador da Embrapa Acre, Falberni de Souza Costa, “além dos benefícios econômicos, a adoção de tecnologias que recuperem e mantenham a qualidade do solo evita o desmatamento para a abertura de novas áreas e também o êxodo rural, mantendo o produtor e sua família no campo”.
Na realidade, o que acontece com a agricultura, comumente, é ter apenas um nutriente disponível em quantidades insuficientes, em vez da ausência total do mesmo. De acordo com o professor Dr. Eurípedes Malavolta, no curso Análise de Solo e Recomendações de Calagem e Adubação, projetado e elaborado pelo CPT – Centro de Produções Técnicas, “a deficiência de um nutriente no solo, mesmo que todos os outros sejam fornecidos à planta, afetará o seu crescimento vegetativo. Assim, a produtividade será limitada pelo nutriente que estiver em menor disponibilidade, mesmo que todos os demais estejam presentes em quantidades adequadas”.
A aplicação da tecnologia deve se ajustar às necessidades do produtor. Para isso, a decisão sobre que práticas adotar precisa ser tomada após a realização da análise do solo. Dentre as alternativas que recuperam e mantêm a qualidade do solo, está o sistema de consórcio entre culturas, em que diferentes cultivos são mantidos simultaneamente na mesma área, e o sistema de rotação de culturas, quando diferentes lavouras são implantadas em uma mesma área, mas de forma sucessiva, uma após a outra.
Uma outra alternativa é usar a técnica conhecida como rolo-faca tracionado com animais (boi ou cavalo), utilizado para preparar a terra antes do plantio. Também pode-se optar pelo uso de leguminosas e gramíneas como plantas de cobertura, técnica que além de preservar o solo agrega grande quantidade de nutrientes à área de plantio, o que diminui a necessidade de adubação e baixa os custos da produção.
Por: Ariádine Morgan
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