Nosso país está em posição de destaque em relação à produção e ao comércio de carne bovina em todo o mundo. Isso é consequência de uma cadeia de produção estruturada que não só produz grande quantidade de carne, como também carne de qualidade, o que torna nossos produtos cobiçados pelo mercado externo.
Mateus Contatto, professor do Curso a Distância CPT Gestão na Pecuária de Corte, afirma que a gestão na pecuária de corte tornou-se o elemento mais importante para definir se a propriedade dará lucro ou não. Em um ambiente competitivo, somente as propriedades bem geridas é que vão obter os melhores resultados financeiros.
Há três anos, nosso país se transformava no maior rebanho bovino do mundo, com 209 milhões de cabeças. Ocupava a segunda posição em dois rankings igualmente importantes: segundo maior consumidor de carne bovina, com aproximadamente 38,6 kg de carne bovina consumida por cada habitante ao ano; e segundo maior exportador, com quase 2 milhões de toneladas exportadas.
O mercado interno também possui força, pois representa quase 80% do consumo e possui um parque industrial expressivo, com capacidade para abate de quase 200 mil animais ao dia. A exportação produz um valor de aproximadamente 6 bilhões de reais, o que corresponde a quase 6% do PIB do nosso país.
Evolução da cadeia produtiva
Se voltarmos os olhares para 40 anos atrás, é possível perceber que a produção, comércio e mercado de carne bovina não representava nem metade da atual e a produção não conseguia atender nem as demandas internas. Nas últimas quatro décadas, fica fácil perceber, então, que a atividade evoluiu muito, graças à organização da cadeia e aos avanços tecnológicos que permitiram melhores resultados em alimentação, genética, manejo e saúde animal.
Ao passo que o rebanho mais do que dobrou em apenas 40 anos, as pastagens avançaram pouco ou, em alguns casos, até chegou a diminuir, fato que atesta a evolução em produtividade. Porém, esse aumento também se deve a outros aspectos, como aumento no ganho de peso dos animais, diminuição na mortalidade, aumento nas taxas de natalidade e diminuição na idade ao abate.
A alimentação também foi um aspecto melhorado devido aos estudos realizados com a finalidade de melhorar as pastagens existentes e adoção de forrageiras selecionadas. Associado a isso, estão os avanços na questão da suplementação de animais que se alimentam a pasto, seja mineral ou proteica, além de avanços nas tecnologias de terminação, com a adoção do semi-confinamento e confinamento, que, além de agregar mais produtividade, proporcionaram diminuição da idade de abate.
A genética também tem sua parcela de “culpa” no aumento da produtividade. Dentre os diversos fatores, está a introdução do Gado Zebu no Brasil, o que permitiu a expansão da atividade em algumas regiões em nosso país. Mais além, a diversidade de raças existente em nosso país permite que consigamos aproveitar mais atributos, realizando cruzamentos entre elas e ganhando rusticidade, desempenho, eficiência e qualidade, o que faz com que deixemos de ser importador de bovinos para sermos exportadores de genética superior.
As perspectivas para a atividade são otimistas, no sentido de nos tornarmos cada vez mais profissionais no que se refere à pecuária, de acordo com conceitos que garantam o bem-estar dos animais e segurança em se tratando de questões sanitárias.
Conheça os Novos Cursos a Distância CPT da Área Gado de Corte:
Gestão na Pecuária de Corte
Terminação de Bovinos em Pasto
Pastoreio de Lotação Rotacionada para Gado de Leite e Corte
Fonte: GOMES, Rodrigo da Costa; FEIJÓ, Gelson Luiz Dias; CHIARI, Lucimara. Evolução e Qualidade da Pecuária Brasileira. Campo Grande: Embrapa - Gado de Corte, 2017. 4 p.
por Renato Rodrigues
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