Controlar a data de cobertura ou inseminação é útil para estimar o momento do parto. Isso possibilita separar as vacas que estão no final da gestação e destiná-las a um cuidado maior, como explica o Prof. Dr. Pedro Henrique de Araújo Carvalho, do Curso CPT Cuidados com a Saúde do Bezerro.
O momento do parto é extremamente desafiante tanto para a vaca, quanto para o bezerro. As vacas devem ser levadas para as baias adjacentes durante o início da expulsão do feto. Permanecer por muito tempo na baia de maternidade pode resultar em contaminação, devido ao acúmulo excessivo de fezes e urina na cama. Por outro lado, permanecer por pouco tempo pode acarretar problemas durante o trajeto.
As fases do parto bovino são:
• 1ª fase – Início do trabalho de parto: com duração variável entre 4 e 24 horas, esta fase preparatória é marcada pela atuação de vários hormônios no organismo da vaca, desencadeando sinais distintivos do parto. Esses sinais servem como alerta para criadores e veterinários. Características como afundamento da garupa, úbere edemaciado e inchado, e tetas inchadas tornam-se evidentes. Além disso, a vaca se mostra inquieta, deitando e levantando constantemente, indicando desconforto causado pelas contrações.
É importante evitar interrupções, barulhos, movimentos ou mesmo se aproximar do animal a partir desse momento. Qualquer nível de estresse pode levar a vaca a um estado de nervosismo mais elevado, tornando o parto mais difícil. A vaca deve permanecer tranquila a todo momento, conduzindo o parto por conta própria para promover o aumento do seu bem-estar.
• 2ª fase – Expulsão do feto: esta fase tem uma duração aproximada de uma a 4 horas e inicia-se com o rompimento do tampão mucoso para a passagem do feto.
• 3ª fase – Expulsão dos anexos fetais: esta fase, que inclui a expulsão principalmente da placenta, possui uma duração de aproximadamente 8 horas.
Durante essas fases do parto, é importante tomar diversos cuidados, principalmente na 2ª fase, em que o animal se projeta na cavidade pélvica. Nesse momento, ocorrem alterações, como o início da compressão das artérias e veias do umbigo, causando uma hipóxia momentânea na cria e iniciando, assim, seus movimentos respiratórios. No entanto, é importante destacar que uma hipóxia prolongada pode levar à morte do bezerro.
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Por: Thiago de Faria
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