
Fashion Rio apresenta as tendências para o verão 2013 e também os números sobre a moda brasileira. Foto: reprodução.
Na abertura do Fashion Rio, que acontece no Jockey Club na Gávea, até amanhã, foi mostrado um balanço com os números das exportações da moda brasileira. Aparentemente o setor teve uma queda substancial nas vendas para o exterior, por conta da crise econômica internacional que se estende desde 2008.
Apenas nos primeiros 4 meses de 2012, as exportações brasileiras de vestuário tiveram queda de 44% em relação ao mesmo período de 2007 (ano anterior à crise). O valor das vendas reduziu de U$ 91,6 milhões para U$ 50,8 milhões. Por outro lado, o preço médio dos produtos aumentou de U$ 28,76 por quilo para U$ 51,49 por quilo de roupas.
Muitos países reduziram as exportações de roupas brasileiras. Até 2007, Grécia, Espanha e Holanda eram alguns dos principais importadores. Hoje, com a redução do poder de compra da população desses e de outros país, os exportadores diversificaram as vendas, fornecendo produtos para as Américas do Norte e do Sul, outros países europeus e Ásia e Oriente Médio.
De acordo com o diretor do Fashion Rio e do São Paulo Fashion Week, Paulo Borges, a expansão dos mercados e o aumento do valor das mercadorias indicam que as empresas brasileiras estão no caminho certo. Para ele, a moda brasileira está mais atual, inovadora e menos caricata. Tudo isso tem ganhado o respeito e a valorização do mercado externo.
O valor proporcional da moda indica o grau de maturidade da indústria dos países. Os principais polos de moda mundiais apresentam um índice alto, como a Itália, com U$ 183 por quilo e os Estados Unidos, com U$ 109 por quilo. A moda brasileira está crescendo e conquistando inclusive esses países. Os biquínis, que por muito tempo foram os principais produtos de moda exportados pelo Brasil, reduziram a participação no geral das exportações, mas aumentaram bastante o valor de venda, de U$ 103 para U$ 140 por quilo, de acordo com dados da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan).
Por: Maria Clara Corsino.
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