
Segundo a proposta da Aneel, cada um teria uma pequena turbina eólica ou um painél fotovoltaico em casa.
A produção de energia renovável tem sido uma das principais preocupações da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). E de fato, a demanda por energia está aumentando bem mais do que o governo e as entidades privadas conseguem suprir. Em uma recente audiência pública, ocorrida em Brasília, a agência propôs que os consumidores passem a gerar a energia que utilizam.
Vários representantes do governo, de distribuidoras de energia e da sociedade civil discutiram a proposta na sede da Aneel. Se for colocada em prática, os consumidores poderão economizar dinheiro e ganhar créditos. O objetivo da medida é incentivar a geração de energia renovável em pequena escala. Assim, pequenas turbinas eólicas e painéis fotovoltaicos poderão ser instalados em residências, indústrias, empresas e no meio rural.
Quem aderir deve receber um bom desconto na conta de energia e pode ganhar créditos para serem usados em até um ano. Também foi proposto que nos dez primeiros anos o consumidor receba um desconto de 80% nas tarifas de transmissão e distribuição.
Entre as divergências, o Greenpeace acredita que o desconto nas tarifas deve ser de 100% e o crédito de geração de energia estendido por tempo indeterminado. Outro ponto discordante, é que a energia economizada também seja usada para a obtenção de créditos de carbono.
O projeto de lei 630/03, no qual se encontra a proposta, está parado na Câmara dos Deputados há dois anos. Segundo o coordenador da campanha de energia do Greenpeace, Ricardo Baitelo, se concretizado, o projeto representará uma evolução no modo de consumir e gerar energia no Brasil.
Para o engenheiro eletrônico Antônio Leite de Sá, professor do curso Energia Eólica, desenvolvido pelo CPT – Centro de Produções Técnicas, tendo em vista o grande potencial do Brasil, o país ainda está atrasado na geração de energia limpa.
Por: Maria Clara Corsino.
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