Grande diversidade de cafés produzidos exigem tecnologias diferenciadas para cada um.
O 13º Simpósio Nacional do Agronegócio Café (Agrocafé) acontece no começo de um ano que parece ser bem favorável à área. Nos dias 12 e 13 de março, em Salvador, mais de mil participantes, entre estudiosos, produtores e empresários, discutem o tema deste ano: Cafés do Brasil. O simpósio inaugura o calendário de eventos destinados à promoção da cafeicultura brasileira.
O tema diz respeito à grande diversidade de matérias-primas oferecidas à produção da bebida no país. Desse modo, pretende-se discutir a produção em um país continental e propor tecnologias que melhorem a qualidade e aumentem a produtividade das lavouras.
De acordo com o presidente da Associação dos Produtores de Café da Bahia (Assocafé), João Lopes Araújo, a diversidade de cafés produzidos no país é benéfica por atender a diferentes públicos. No entanto, ele afirmou que isto se torna um desafio, à medida que é preciso desenvolver técnicas adequadas à produção de cada variedade.
Para o presidente da Assocafé, o produto possui uma importância histórica para o país, mas mesmo assim ainda são necessários instrumentos mais eficazes para a divulgação. Segundo ele, o Brasil destina poucos recursos para a promoção do café, o equivalente a um décimo do que a Colômbia investe. A Colômbia ficou conhecida como o país produtor dos melhores cafés, o que Araújo afirma não ser verdade.
Araújo explicou que antigamente o café consumido no Brasil era de baixa qualidade, pois os melhores eram exportados. Hoje, depois de muitos investimentos, a qualidade do café tomado no mercado interno subiu bastante. Ele afirmou que isso se deve em parte à adoção de novos hábitos, como a utilização do produto como ingrediente em receitas e as formas de preparo diferentes para ingeri-lo como bebida.
Por: Maria Clara Corsino.
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