
Os bovinos criados a pasto podem perder peso na época da seca. Isso ocorre porque há decréscimo de proteína bruta nas pastagens. Geralmente, os níveis diminuem para 7% da matéria seca. Ao mesmo tempo, aumentam os níveis de lignina, o que dá á pastagem o aspecto lenhoso e ressecado. Dessa forma, o consumo da forragem pelos bovídeos não ocorre de forma eficiente.
Por esse motivo, o pecuarista deve fornecer suplementação, para que o rebanho, principalmente em fase de recria, alcance um bom desempenho e o tempo de abate seja reduzido. Como resultado, a produção do rebanho a pasto não será afetada com a escassez de chuvas.
Segundo o professor Leonardo de Oliveira Fernandes, do Curso CPT Recria de Bezerros de Corte, a fase denominada recria, em que o bovino inicia o período de engorda, é uma das mais importantes para o pecuarista. Se houver escassez de forragens de boa qualidade, o rebanho necessariamente deverá ser suplementado à base de farelos proteicos.
Se compararmos um bovino recém-desmamado, suplementado apenas com mineral durante todo o ano, com um animal suplementado com proteína durante a seca, o que recebe mineral chegará ao peso de abate após 36 meses.
Já o suplementado com farelo proteico na seca alcançará o mesmo peso em apenas 24 meses (1 anos a menos). Portanto, certamente é viável a suplementação proteica do gado de corte na fase de recria.
Em síntese, com a suplementação, o rebanho na fase de recria ganhará peso de forma mais rápida. Dessa forma, logo poderá ser abatido, o que certamente aumentará a lucratividade do pecuarista, além de gerar maior capital de giro para tocar o negócio com tranquilidade.
Por Andréa Oliveira.
Fontes: UEM e Premix.

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