
Como é possível impor a uma pessoa uma opinião de beleza de determinada flor? Como convencer uma pessoa que certa espécie é a mais bonita entre as demais? Não há como. Este é um conceito muito pessoal. Muitas vezes sequer é possível explicar o motivo pelo qual determinada flor é mais bela que a outra. Não é possível obrigar uma pessoa a sentir o mesmo que sentimos quando está diante de uma flor. Isto explica, muitas vezes, as divergências que surgem nos julgamentos de flores, em uma exposição. Com o aparecimento do julgamento das orquídeas, convencionou-se as seguintes técnicas:
1- Os segmentos da flor devem se encaixar dentro de uma circunferência imaginária.
2- Suas pétalas e labelo devem formar um triângulo equilátero.
3- Suas sépalas também devem estar dispostas formando outro triângulo inversamente superposto, formando a estrela de David.
4- As pétalas da flor devem ser mais redondas possível e que se superponham.
5- As sépalas deverão ser largas e simétricas, evitando espaços entre elas.
6- O labelo deve ser proporcional, com lóbulo frontal arredondado, bem plano.
7- A flor, quando vista de lado, deve ser razoavelmente plana.
8- O labelo deve ser curvado para baixo e não em saliência, em ângulo reto com o plano das pétalas e sépalas.
Mas, afinal, tratando-se de orquídeas, uma planta tão sensível às adversidades, o que fazer para garantir que floresçam? O que pode atrapalhar esse processo?
Alguns fatores que impedem a floração das orquídeas são:
1- Mudança brusca de temperatura
Para cultivo comercial, a orquídea necessita de locais onde a temperatura varie entre 18 e 25 graus centígrados. Se a temperatura exceder essa faixa, haverá inibição do florescimento e afetará a qualidade das folhas e flores.
2- Fornecimento excessivo de água
Regar as plantas somente uma vez por semana e molhar apenas o substrato. Fazer isso sempre, de preferência, até as 10 da manhã. Quando chegar o frio, na parte da tarde, as plantas já estarão mais secas. Um sistema de irrigação, com microaspersores, ajuda bastante no serviço de irrigar as plantas e manter a umidade do ar. Caso não seja possível a instalação de um equipamento sofisticado como esse, pode-se irrigar com os aspersores manuais, ou então, utilizar uma simples mangueira caseira.
3- Falta de adubação causa insuficiência de nutrientes
A adubação das orquídeas deve ser feita nos meses quentes, quando estão em pleno desenvolvimento vegetativo. O período ideal é de agosto a abril. Assim que a gema começar a intumescer, saindo do seu repouso, deve-se aplicar o adubo semanalmente. Esta adubação deverá continuar até que o broto esteja bem crescido e a espata começando a se formar. Então, passa-se a adubar, a cada 15 dias, com a fórmula 10-30-20, até que os botões comecem a aparecer na espata. A partir daí, usa-se a fórmula é 7-6-19, também a cada 15 dias.
4- Luz direta nas plantas nos horários de maior intensidade luminosa (entre 14 e 15 horas)
Luminosidade intensa dificulta o trabalho da clorofila. Os brotos novos endurecem e param de crescer, os pseudobulbos e as folhas tornam-se amarelos e morrem precocemente quando as plantas recebem muita luz.
5- Excesso de nitrogênio no adubo
Para adubar suas plantas, usa-se a formulação 30-10-10, ou seja, 30% de Nitrogênio, 10% de Fósforo e 10% de Potássio, na proporção de 0,5 g/l de água. Adubação excessiva produz plantas fortes, exuberante folhagem, mas pouca floração.
6- Movimentação do vaso
Iniciado o início de desenvolvimento da floração, a orquídea deverá permanecer no local onde está, pois a troca de ambientes inibirá o surgimento das flores. Deve-se lembrar que as orquídeas criam um ambiente favorável para sua adaptação. Sendo assim, não devem ser perturbadas.
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Por Silvana Teixeira.
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