Banho e tosa em cães e gatos: como deve ser o profissional?

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O profissional do banho e tosa precisa amar sua profissão, ter prazer em trabalhar com animais, ser paciente, responsável, gentil, enérgico sem ser agressivo, ser sincero e verdadeiro durante esclarecimentos e conversas com os donos dos animais.

“Seu cliente direto é o animal, mas o mesmo é de propriedade de uma pessoa, a quem você deverá servir, de modo a satisfazer suas necessidades”, afirma Alessandra Sayegh Arreguy Silva, professora do Curso CPT Hotel para Cães e Gatos.

O profissional de banho e tosa precisa ser verdadeiro com o cliente. Por exemplo, caso você identifique um grande embolamento de pelo e que, nesse caso, a melhor solução é tosá-lo ou cortá-lo, explique ao proprietário e peça autorização para realizar o procedimento. Um corte ou uma tosa indesejados podem causar falhas no pelo do animal, devido a movimentação, e incompreensão por parte do proprietário, que ficará insatisfeito com seu serviço e não voltará ao seu estabelecimento.

Por outro lado, caso resolva por conta própria desembolar o animal, o procedimento de desembolar pode causar dor e, posteriormente, o animal ficará dolorido. Esse procedimento precisa ser autorizado pelo proprietário, de preferência por escrito.

De forma geral, nunca se deve fazer um procedimento por conta própria. Uma boa conversa com argumentos pertinentes sempre é a melhor solução para evitar possíveis frustrações por parte dos clientes.

Pergunte! Mostre fotos de outros animais e modelos de tosas ou penteados e troque ideias com o proprietário buscando persuadi-lo, sempre que for necessário.

Também competirá ao banhista e, ou tosador, informar sobre qualquer observação pertinente em relação ao animal, por exemplo algum tipo de doença de pele, se há pulgas ou carrapatos, se você observar algum comportamento estranho como apatia ou raiva, se o animal evacuou ou urinou de forma anormal, se o ouvido está inflamado, ou qualquer outra ressalva que achar necessária.

Oriente o proprietário sobre a necessidade da consulta ao veterinário. Você pode salvar uma vida, pois muitas doenças precisam de um tratamento precoce para evitar a morte do animal. Pode parecer um absurdo, mas um simples carrapato pode transmitir doenças graves aos animais, como a erlichiose e a babesiose.

Muitos profissionais de banho e tosa, assim como os veterinários, são mordidos e arranhados constantemente, durante seu período de trabalho. São acidentes de trabalho e, por isso, devem ser comunicados aos administradores do estabelecimento. Ser mordido e arranhado, infelizmente, é um risco da profissão.

No ramo de serviços para animais de estimação e pet shops, são muitos os casos de agressão contra animais, relatados pelos proprietários, com grande repercussão na mídia. Essas ocorrências incluem desde tapas a afogamentos em banheiras, e até mesmo asfixia, em caso de esquecimento dentro do carro.

Caso o problema esteja em casa, e se você perceber qualquer sinal de agressão que o animal tenha sofrido, como cicatrizes e até mesmo comportamentos estranhos, como medo e agressividade, converse com o proprietário; caso seja necessário, denuncie os maus-tratos contra os animais em uma Delegacia de Polícia.

O banho de gatos, normalmente, é mais caro que um banho de cães, porque o nível de dificuldade é maior, exigindo mais habilidade e destreza do profissional.

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Por Silvana Teixeira.