
Hélcio Mello, professor do Curso CPT Coelhos – Técnicas de Criação, ressalta que, por pertencerem à mesma família e serem muito parecidos fisicamente, coelho e lebre são frequentemente confundidos e há pessoas que dizem que os dois são o mesmo animal. Contudo, apesar da semelhança, apresentam divergência em diversos aspectos.
A principal diferença entre os dois está no tamanho do corpo e das suas orelhas, o que permite diferenciar os dois animais apenas pela observação das características físicas. No entanto, vale a pena ressaltar outras diferenças entre eles. Fique ligado:
A família Leporidae
Como mencionado, coelho e lebre pertencem à mesma família, a dos leporídeos – ou leporidae. Ela é abrangente e possui mais de 50 espécies, que estão divididas em 11 gêneros. Apenas o gênero Lepus comporta espécies que são consideradas tipos diferentes de lebres.
Habitat
Além das características físicas, o habitat também é importante para diferenciar os dois animais. Algumas espécies de coelhos cavam tocas em campos, arbustos e florestas, e preferem solos arenosos e macios, vivendo perto do nível do mar. As lebres, por sua vez, preferem ninhos de grama achatada, sendo encontradas geralmente em pastagens e campos abertos.
Morfologia
Em relação à morfologia desses dois animais, é importante destacar que:
- Lebres possuem 48 cromossomos e são um pouco maiores do que os coelhos. Seu comprimento médio é de 68 cm e o seu pelo varia em tonalidades de marrom. O interior da pelagem é branco-acinzentado e a parte superior, preta. As orelhas, um dos principais aspectos para diferenciá-las dos coelhos, podem medir 98mm, com crânio articulado.
- Coelhos possuem 44 cromossomos e são menores que suas “primas”. Suas orelhas também são mais curtas e o cumprimento médio é de 44 cm, variando de acordo com a raça. É possível encontrar uma mistura de cores nas pelagens, como cinza, marrom e preto, com interior cinza-claro.
Comportamento
Como gostam de viver em tocas, os coelhos costumam cavá-las para abrigar até 10 animais. São vespertinos, noturnos e sociáveis, mas os machos se tornam territorialistas na época da reprodução. Comunicam-se com sinais, cheiros e com as patas batendo no chão. As lebres também são vespertinas e noturnas, porém, solitárias. Possuem sentido aguçado e conseguem fugir em alta velocidade de predadores. Para comunicar-se, rangem os dentes e emitem grunhidos guturais.
Alimentação
Em ambiente natural, a alimentação de coelhos e lebres não se difere: ambos são herbívoros e coprófagos, isto é, também se alimentam de suas fezes para aproveitar ao máximo os nutrientes dos alimentos que consomem. O alimento principal é a grama, mas podem comer também ramos, cascas de arbustos e árvores frutíferas, folhas e raízes.
Reprodução
Os filhotes dos dois leporídeos são opostos: os das lebres nascem desenvolvidos e prontos para serem autônomos; os dos coelhos nascem cegos, carecas e surdos, dependendo da mãe para que se desenvolvam. Em relação à reprodução em si, também apresentam características divergentes, pois as lebres se reproduzem no inverno, com gestação de até 56 dias e gerando de 1 a 8 filhotes, ao passo que os coelhos podem se reproduzir o ano todo, apresentam gestação média de 30 dias e consegue gerar de 5 a 6 filhotes.
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Fonte: Blog Petz – petz.com.br/blog/
por Renato Rodrigues
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