Definição e parâmetros para avaliação da dor em animais.
A Associação Internacional para o Estudo da Dor, desde 1979, define a dor como uma experiência sensorial e emocional adversa, associada a uma lesão potencial ou real nos tecidos e descrita com base nesse dano, explica a professora Alessandra Sayegh Arreguy Silva, do Curso CPT Ética no Uso de Animais.
As escalas para medir o nível de dor são elaboradas a partir de muitas horas de observação do comportamento dos animais. Assim, alguns comportamentos padrões indicam a presença da dor, tais como: expressões faciais, vocalização, agressividade e depressão.
Alguns dados de sensibilidade de órgãos e tecidos em relação à dor:
• Córnea: entre os mais sensíveis, de 300-600 vezes mais que a pele.
• Dentes: terminações nervosas 20-40 vezes maior que na pele.
• Pele: muito sensível.
• Músculos: de sensibilidade média, aumenta com inflamações e isquemia.
• Articulações e ossos: relativamente insensíveis - aumenta com processos inflamatórios e degenerativos.
Escalas de reconhecimento e avaliação da dor em animais.
Dentre as muitas escalas para determinação da dor, a Escala de Grimace é uma das principais. Consiste em uma Escala Facial de Dor (EFD) que se baseia em escores para classificar a condição dolorosa a partir da expressão facial dos próprios animais. Inicialmente, ela foi elaborada para ratos, coelhos e cavalos e posteriormente estendida para outros animais.
Para coelhos, por exemplo, os pontos a serem observados são:
1 - Posição e formato das orelhas. 2 - Aperto orbital. 3 - Bochechas achatadas. 4 - Formato das narinas. 5 - Posição dos bigodes.
Para outros animais, os pontos observados são bem semelhantes, mudando apenas pontos mais fáceis de serem observados em cada espécie.
Outra escala de dor é a de Glasgow, que vai de escore de 0 a 3. Observe na figura a escala de dor composta de Glasgow para cães.
Definição e classificação do estresse.
O estado de estresse ocorre quando um animal encontra condições adversas, físicas ou emocionais, que causem distúrbios ao seu equilíbrio fisiológico ou mental normais.
O estresse pode ser dividido em:
Eustresse: envolve estímulos que não são prejudiciais e que iniciam respostas que beneficiam o conforto do animal, seu bem-estar, reprodução e funcionam na manutenção da homeostase (Selye, 1974).
Estresse neutro: não causa dano por si mesmo ao animal e provoca respostas que não são ruins, mas não ajudam ao bem-estar, conforto ou à reprodução (Breazille, I. 1987).
Distresse: pode ou não ser ruim por si mesmo ao animal, porém provoca reações adversas que: interferem com o bem-estar, conforto ou reprodução do animal e é capaz de induzir alterações patológicas.
É importante frisar que o estresse não é apenas físico. O estresse emocional também tem um impacto muito grande sobre o bem-estar animal.
Reflexões sobre sofrimento animal.
Tanto a dor quanto o estresse levam o animal ao sofrimento. Por isso, é tão importante considerar esses parâmetros e treinar as equipes para o reconhecimento dos fatores de dor e estresse, a fim de possibilitar intervenções antes mesmo que danos maiores ao bem-estar animal sejam causados.
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Por: Thiago de Faria
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