Veterinário: como avaliar o fígado em animais: radiografia ou ultrassom?

Para avaliar o fígado, tanto radiograficamente quanto ultrassonograficamente, é importante saber a sua localização. O fígado encontra-se abaixo do gradil costal dos animais, inserido no lado esquerdo e direito, cranial a região do estômago, explica Sâmara Turbay Pires, professora do Curso CPT Ultrassonografia e Radiologia em Pequenos Animais.

O fígado é dividido em quatro lobos:

• Lobo esquerdo (medial e lateral).

• Lobo quadrado.

• Lobo direito (lateral e medial).

• Lobo caudado (caudado e papilar).

a) Avaliação radiográfica:

Radiograficamente, em seu tamanho normal, o fígado apresenta maior radiopacidade abaixo do gradil costal. O aumento do órgão, ou seja, a hepatomegalia, é mais perceptível na avaliação radiográfica. É necessário ter cuidado com a conformação torácica de alguns animais, já que aqueles com uma cavidade torácica mais profunda podem dar a impressão de que o fígado é menor.

b) Avaliação ultrassonográfica:

O ultrassom possui algumas vantagens em relação à avaliação radiográfica. Através da ultrassonografia, consegue-se avaliar o parênquima do fígado e sua vascularização. Esta técnica é sensível para se detectar anormalidades.

Apesar da divisão em lobos, ultrassonograficamente eles não são fáceis de distinguir, exceto se houver líquido livre no abdômen (ascite).

Para não atrapalhar a avaliação do fígado, o estômago não deve estar distendido.

O ultrassom apresenta diversas vantagens em comparação com a avaliação radiográfica. Através da ultrassonografia, é possível avaliar o parênquima do fígado e sua vascularização, sendo esta técnica sensível para detectar anormalidades.

Apesar da divisão em lobos, eles não são facilmente distinguíveis ultrassonograficamente, exceto na presença de líquido livre no abdômen (ascite). Para não interferir na avaliação do fígado, é importante que o estômago não esteja distendido.

Os fatores a serem avaliados na ultrassonografia incluem:

• Contornos: devem ser finos na região do baço.

• Dimensões: a dimensão do fígado não deve ultrapassar o gradil costal.

• Lobulação: especialmente notável na presença de líquido livre.

• Relação com outros órgãos: considerando a ecogenicidade, por exemplo.

• Vascularização.

• Ecotextura/Ecogenicidade.
.

Para realizar a imagem ultrassonográfica do fígado, é importante ter sempre em mente sua localização. O fígado ocupa desde a região esquerda até a direita do animal. Portanto, durante a avaliação, o transdutor é inicialmente posicionado abaixo do gradil costal e, em seguida, direcionado para dentro da cavidade, varrendo para ambos os lados. A vesícula biliar também deve ser considerada nesse processo.

Existem diversas técnicas de avaliação ultrassonográfica da ecogenicidade do fígado. Algumas lesões podem tornar o órgão mais hipoecogênico (como em gatos) ou mais hiperecogênico (como em cães).

Próximo à região do fígado, existe a gordura falciforme que pode ser um dos parâmetros para mostrar a ecogenicidade do parênquima.

Na avaliação da vascularização hepática, dentro do parênquima hepático, existem os vasos porta e hepáticos, sendo que as veias porta apresentam a parede mais branca e hiperecogênica.

Fígado mais hipoecogênico → paredes dos vasos porta mais destacados.

Fígado mais hiperecogênico → paredes dos vasos porta tendem a desaparecer.

Ao avaliar a vesícula biliar, observa-se que ela se assemelha muito à bexiga. É arredondada, anecogênica e possui paredes finas.

O tamanho da vesícula biliar varia de acordo com a preparação do paciente, influenciado pela alimentação. Em gatos, esta vesícula é bilobada (dividida em duas). Em cães mais velhos, a presença de lama biliar é considerada normal.

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Por: Thiago de Faria