Existe contraste natural entre as diferentes estruturas anatômicas. Contudo, em alguns casos, essa diferenciação é perdida, resultando em radiopacidade semelhante entre os órgãos, explica as professoras Dr.ª Sâmara Turbay Pires e Dr.ª Magna Coroa Lima, do Curso CPT Ultrassonografia e Radiologia em Pequenos Animais.
Quando o contraste natural é perdido, recorre-se a meios de contraste artificiais para destacar estruturas pouco contrastadas ou radiotransparentes.
Os exames contrastados têm a finalidade de diferenciar estruturas, como corpos estranhos, cálculos e massas, além de permitir a distinção de alguns órgãos, principalmente os abdominais.
Os tipos de contrastes utilizados na rotina veterinária são:
• Contraste positivo: é mais radiopaco. Pode ser de bário ou iodo.
• Contaste negativo: é mais radiotransparente.
As vias de administração dos contrastes são:
• Oral (ingestão).
• Parental (via endovenosa ou arterial).
• Endocavitário (orifícios naturais: uretra, reto, útero).
• Intracavitário (parede da cavidade: fístula).
• Intratecal (canal medular).
Contrastes radiográficos do trato gastrointestinal.
Normalmente, o esôfago não é visto radiograficamente, a não ser que esteja repleto de gás ou que contenha resíduos retidos. Seu exame contrastado é chamado esofagograma.
Esofagograma em cães: o esôfago normal do cão se apresenta com linhas longitudinais bem finas que começam na região cervical e vão até o estômago.
Esofagograma em gatos: além das linhas longitudinais finas que vão desde
a região cervical até o estômago, o esôfago normal de um gato apresenta linhas transversais na região pós-cordial.
Atenção:
Ao administrar o contraste, é preciso fazê-lo cuidadosamente com uma seringa para que o líquido não entre em falsa via e se deposite nas vias aéreas. A falsa via com o iodo, principalmente o iônico, pode resultar em edema pulmonar no paciente.
Também é necessário precaução para evitar sujar os pelos do animal com contraste, pois, do contrário, eles podem aparecer na radiografia. Quando há alguma alteração no esôfago, é possível que o contraste líquido passe normalmente, não cumprindo seu papel na radiografia. Nestes casos, a associação do contraste com o alimento pode ser feita para identificar a alteração.
Estômago e alças intestinais.
Para contrastar o trânsito gastrointestinal, normalmente se utiliza o sulfato de bário (cão 5 a 12 mL/Kg e gato 12 a 20 mL/Kg), mas, em casos de suspeitas de ruptura intestinal, o iodo é o indicado (2 a 3 mL/Kg). Devem ser feitas radiografias seriadas 5 m, 30 m, 1 h, 1:30 h.
Para se avaliar o cólon, pode-se esperar o trânsito completo, mas, se a suspeita for apenas dessa região, o contraste pode ser feito de forma retrógrada. Assim, faz-se o enema de bário: injeta-se o contraste diretamente no cólon do animal com uma sonda, de preferência sonda de Foley.
O tempo normal que o contraste leva para sair do estômago é de 2 a 4,5 horas no cão e 1 hora no gato. Se ele demora mais que esse tempo ou se fica alojado no estômago do animal, conclui-se que existe alguma alteração.
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Por: Thiago de Faria
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