Controle da ingestão do alimento.
O consumo de matéria seca (CMS) é a variável que mais afeta o desempenho que bovinos de corte. A ingestão do alimento pode ser influenciada por fatores de curto e longo prazo, relacionados ao animal, ao ambiente e a condições neuro-hormonais, conforme explicado pela Prof.ª Dr.ª Taiane Martins do Curso CPT Nutrição e Alimentação de Bovinos de Corte.
Fatores de curto prazo.
Explicam a atividade ingestiva de um animal ao longo do dia, envolvendo uma série de processos biológicos, como a ação de hormônios neurotransmissores e receptores que congregam uma rede de sinais.
Sabe-se, por exemplo, que uma dieta rica em proteína tem maior poder de saciamento, já que durante seu processo de digestão ocorrem sinalizações ao cérebro que dizem quando o animal deve parar de comer.
Fatores de longo prazo.
Dizem respeito ao padrão de consumo geral do animal observado ao longo do tempo. Sabe-se, por exemplo, que zebuínos ingerem menos alimentos que taurinos, o que está de acordo com sua menor exigência de mantença, ou seja, o grupo genético é um fator de longo prazo que afeta o consumo.
Em nutrição animal, os conceitos de controle quimiostático do consumo e controle físico do consumo são importantes. O primeiro se refere à saciedade que o animal sente ao consumir seu aporte máximo de energia transmitida ao cérebro por neurotransmissores e o segundo, à repleção do rúmen. Considerando esses conceitos e, ainda, o sistema de produção e a genética, existem equações para a predição do consumo.
Crescimento animal.
O crescimento animal deve ser pensado desde a gestação e, por isso, é dividido em duas fases: crescimento pré-natal e crescimento pós-natal. Apesar de a intervenção do nutricionista ocorrer, principalmente, na fase pós-natal, o planejamento nutricional voltado para a vaca de cria influencia no desenvolvimento pré-natal de sua cria.
Neste período, compreendendo a fase embrionária e fetal, o crescimento ocorre pelo processo chamado de hiperplasia, que é o aumento no número de células. A maior parte do desenvolvimento do feto ocorre, principalmente, após os 180 dias de gestação, quando há um crescimento exponencial do feto até o seu nascimento.
Assim, a alimentação das matrizes influencia diretamente no desenvolvimento fetal e, posteriormente, no desempenho do bezerro em si, pois vacas gestantes que não recebem o aporte nutricional adequado têm crias de menor peso e desenvolvimento mais lento.
Pensando em crescimento do animal, este se dá em uma ordem de acordo com a fisiologia bovina, daí a necessidade de adequar a dieta de acordo com cada categoria, para que ela atenda a fase de desenvolvimento fisiológico vigente. Essas fases são baseadas grupo genético, classe sexual e peso à maturidade. Entretanto, independente da categoria, a deposição dos tecidos se dá sempre da mesma forma.
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Por: Thiago de Faria
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