Os artefatos de imagem são exibições de informações que não correspondem exatamente à verdadeira imagem da área examinada. Esses artefatos são frequentemente observados em exames ultrassonográficos, como explicam as professoras, Dr.ª Sâmara Turbay Pires e Dr.ª Magna Coroa Lima, do Curso CPT Ultrassonografia e Radiologia em Pequenos Animais.
Os artefatos mais comuns observados na avaliação ultrassonográfica de animais incluem:
1) Reforço acústico posterior/intensificação acústica: trata-se de um aumento na passagem do som, ocorrendo sempre que há uma estrutura com líquido em seu interior, impedindo o retorno do som.
Quando há uma estrutura com líquido, mais som chega com maior intensidade nas estruturas abaixo do órgão, resultando em uma imagem mais hiperecogênica da referida estrutura.
2) Sombra acústica posterior: em estruturas nas quais a impedância acústica (velocidade do som) é muito diferente em relação aos tecidos moles, o som é impedido de passar. Se o som não atinge a região abaixo da estrutura, ocorre uma sombra acústica.
3) Imagem em espelho: um processo no qual duas imagens de um mesmo órgão aparecem. Esse fenômeno ocorre em estruturas que são côncavas e altamente reflexivas.
Quando o som encontra uma superfície côncava totalmente reflexiva, ele incide e sofre um desvio. Após esse desvio, o som retorna e, somente então, chega de volta ao transdutor. O aparelho de ultrassom exibe a densidade da estrutura (mais ou menos hiperecogênica) e a sua profundidade.
⇒ Quanto mais rápido o som retorna até o transdutor, mais superficial está a estrutura.
⇒ Quanto mais demorado for o retorno do som até o transdutor, o aparelho interpreta que a estrutura está mais profunda.
4) Reverberação: é o processo no qual linhas hiperecogênicas se formam uma abaixo da outra, imediatamente após a sombra acústica. Essas linhas estão principalmente associadas à presença de ar nas estruturas.
O som que atinge a estrutura é refletido. Quando encontra o ar, por exemplo, o som é impedido de passar, retornando rapidamente, e parte dele é rebatido velozmente.
5) Espessura de corte: ocorre principalmente em estruturas que contêm líquido em seu interior, onde o pseudosedimento pode mimetizar algum tipo de sedimento.
6) Sombreamento lateral: ocorre em estruturas arredondadas, como a vesícula biliar ou o rim, por exemplo. Quando o som encontra as duas superfícies da estrutura arredondada, é desviado. O som refletido ou desviado não retorna ao transdutor, resultando na formação de sombreamento acústico lateral na região.
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Por: Thiago de Faria
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