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Plantio direto: manejo da fertilidade do solo

No plantio direto, por não existir preparo do solo, não há a sua desagregação e a cobertura de matéria orgânica passa a contribuir na agregação do solo e na melhoria da estrutura

Plantio direto

No plantio direto praticamente não há mobilização do solo, como acontece no plantio convencional

No plantio direto, por não existir preparo do solo, não há a sua desagregação e a cobertura de matéria orgânica passa a contribuir na agregação do solo e na melhoria da estrutura. Já no plantio convencional, a incorporação de calcário no solo por meio de grades e escarificadores promove a correção do solo em apenas parte da camada arável. As grades incorporam o calcário apenas nos dez primeiros centímetros de profundidade e os escarificadores não incorporam uniformemente o calcário na camada arável do solo.

“No plantio direto, também não ocorre uniformidade na incorporação do calcário. Entretanto, esse problema é compensado pela presença da cobertura de matéria orgânica na superfície e a reativação dos processos biológicos no solo”, afirma Afonso Peche, professor do curso Plantio Direto, elaborado pelo CPT – Centro de Produções Técnicas.

 

Manejo da fertilidade do solo

 

A fertilidade de um solo é avaliada pelos seguintes parâmetros físicos: acidez, disponibilidade de nutrientes, teor de matéria orgânica, armazenamento e fornecimento de água, armazenamento e difusão de calor e permeabilidade ao ar, à água e às raízes. Esse conjunto de parâmetros físicos é comandado pela estrutura que cada solo apresenta.

 

O uso sucessivo de implementos agrícolas, principalmente de arados e grades de discos, alteram a estrutura do solo, fracionando e desagregando o solo, tornando os agregados menores e menos estáveis. Com isso, surge um encrostamento na camada superficial, tendo como consequência a redução da infiltração de água e o aumento de enxurradas, prejudicando a emergência das plantas e aumentando a erosão.

 

 A fertilidade de um solo é avaliada pelos seguintes parâmetros físicos: acidez, disponibilidade de nutrientes, teor de matéria orgânica, armazenamento e fornecimento de água, entre outros. Foto: reprodução

Redistribuição da matéria orgânica em solos com plantio direto

 

Como no plantio direto, praticamente não há mobilização do solo, como acontece no plantio convencional, as raízes das plantas de safras anteriores se decompõem, transformando-se em resíduos orgânicos e liberando nutrientes para as plantas. A redistribuição desses nutrientes depende dos efeitos químicos e físicos dessa matéria orgânica abaixo da superfície do solo.

 

A cobertura de matéria morta atua quimicamente no solo por meio do acúmulo de material orgânico e inorgânico de baixa mobilidade e redistribui os compostos de alta solubilidade no perfil do solo. Quando a matéria orgânica se transforma em composto de alta solubilidade, associado com a menor variação de temperatura e menor aeração do sistema, a atividade radicular da planta aumenta seu crescimento. A planta acompanha essa atividade, apresentando melhor desenvolvimento.

 

Os resíduos vegetais agem na atividade biológica do solo de forma proporcional à relação C/N (Carbono/Nitrogênio). O nitrogênio e o enxofre, devido à sua alta mobilidade, são os nutrientes que mais são perdidos por lixiviação, já a perda do potássio é menor. O fósforo, devido à sua baixa mobilidade, faz com que este elemento fique mais fixado ao solo, não havendo portanto, grandes perdas deste nutriente.

 

Mobilidade e perdas de nitrogênio

 

O nitrogênio é um nutriente do solo imprescindível para as plantas, obtido basicamente de compostos orgânicos, pois 98% de sua constituição encontra-se na forma orgânica. No plantio direto, a redistribuição do nitrogênio no solo e o seu aproveitamento pelas plantas é influenciado principalmente pelo movimento do nitrato.

 

A menor evaporação e maior infiltração da água causam perda de nitrato para as camadas mais profundas do solo. A partir do quarto ano, essa perda de nitrato também ocorre em plantios com rotações de gramíneas.

 

Respostas de culturas ao nitrogênio

 

A resposta de uma cultura no sistema de plantio direto está relacionada a dois fatores básicos:

 

- Estado de degradação do solo: Estado inicial de degradação em que se encontra o solo, que vai dizer quanto tempo, após o início do plantio direto, o solo vai necessitar para atingir o equilíbrio entre a acumulação da matéria orgânica e a estabilidade da atividade orgânica. No Paraná, agricultores têm observado que solos arenosos e erodidos começam a se recuperar a partir do terceiro ou quarto ano e que, só entre o sexto e o sétimo ano, o solo alcança o equilíbrio, ou seja, fornece boas condições para o desenvolvimento das culturas e de produção.

 

- Relação C/N das culturas: a relação C/N das culturas em plantio direto influencia na liberação do nitrogênio do solo, de forma que, quanto maior a relação C/N, mais lenta será a decomposição da camada orgânica da superfície. Assim, para se obter uma cobertura do solo mais estável recomenda-se resíduos de culturas que tenham relação C/N maiores que 25, pois valores menores de C/N causam a sua mineralização. No Paraná, vem sendo observado que o uso do tremoço azul, da ervilha comum, da serradela e do nabo forrageiro, como resíduos depositados na superfície do solo, geram melhor produtividade do milho em relação à aveia preta.

 

Acumulação e distribuição de fósforo

 

No plantio direto, a aplicação de fósforo para a cultura, basicamente, é feita de duas maneiras, ou seja, ao lado e abaixo da semente, quando aplicado no sulco, e sobre a superfície, a lanço. Quando distribuído sobre o solo, nota-se acúmulo de fósforo na sua superfície. Existe uma grande relação entre o acúmulo de fósforo e a cultura usada na cobertura da superfície do solo, de forma que essa relação pode ser usada para se estimar a reserva deste nutriente na camada superficial. Quanto mais tempo de plantio direto, maiores serão os níveis de fósforo acumulado para qualquer tipo de solo e qualquer sistema de rotação da cultura. A concentração de fósforo geralmente é maior na camada de profundidade, entre 0 e 2,5 cm.

 

Semeadoras usadas no plantio direto

 

As máquinas utilizadas no sistema de plantio direto, incluindo-se a semeadora e o rolo de faca, são as mesmas usadas nos sistemas de manejo alternativo. Essas máquinas e equipamentos apresentam estrutura semelhante àquelas usadas no plantio, na colheita, na pulverização e no manejo das culturas de cobertura.

 

O trabalho realizado pelo rolo de faca pode perfeitamente ser substituído por uma operação de dessecação com herbicidas totais, porém, esse equipamento possibilita variar a massa de acordo com a umidade do solo e a espécie a ser rolada, evitando a compactação do solo.

 

Consulte mais informações, acessando os cursos da área Mecanização Agrícola.

 

Por Andréa Oliveira

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Comentários

ailson porfirio

11 de ago. de 2015

Adorei e achei excelente essa obra, espero receber novidades no meu e-mail

Resposta do Portal Cursos CPT

17 de ago. de 2015

Olá, Ailson!

Agradecemos sua visita e comentário em nosso site. Para mais informações cadastramos seu e-mail para receber nosso boletim informativo.

Atenciosamente,

Ana Carolina dos Santos

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