
O abacateiro (Persea americana) é uma frutífera de clima subtropical, originada do México, que se adapta muito bem ao clima tropical, em regiões com temperatura em torno de 20°C. Entretanto, a cultura pode sofrer o ataque de ácaros, bicudos, brocas, carunchos, formigas, lagartas, percevejos e tripes. Por esse motivo, é essencial realizar o manejo integrado de pragas, para manter a frutífera saudável e produtiva, além de evitar prejuízos ao produtor de abacates.
Pragas do abacateiro
No Brasil, dentre as pragas do abacateiro encontradas em pomares comerciais, temos os ácaros (Oligonychus persea e Oligonychus yothersi); os bicudos-do-abacateiro (Heilus spp. e Heilipus catagraphus); a broca-do-fruto (Stenoma catenifer), os carunchos (Coleobrocas); as formigas; as lagartas; os percevejos; e os tripes. Todos comprometem a produtividade dos abacateiros e desqualificam os frutos, que perdem valor de mercado.
Quando encontram condições climáticas favoráveis, como temperatura e umidade relativa do ar elevadas, alto índice de chuvas e falhas no manejo fitossanitário, as pragas se multiplicam rapidamente. Daí a importância do manejo integrado de pragas com controle biológico, químico e cultural.
Tipos de controle de pragas
O manejo integrado de pragas pode ser realizado com o controle biológico com inimigos naturais da praga, como Beauveria bassiana e Trichogramma spp.; controle químico, com produtos que exterminam apenas as pragas-alvo (não as abelhas nem os inimigos naturais da praga); e controle cultural, com podas para melhorar o arejamento e a insolação do pomar, além da eliminação dos restos culturais.
No manejo integrado de pragas, deve-se:
->Aplicar defensivos agrícolas alternados (com princípios ativos diferentes);
->Fazer o ajuste no tamanho das gotas e no pH das caldas agrícolas;
->Não permitir ferimentos em troncos e raízes, pois favorecem o ataque das pragas;
->Não misturar os defensivos agrícolas, pois isso aumenta a resistência das pragas, além de afetar as abelhas (polinizadoras) e os inimigos naturais da praga;
->Não seguir calendários de pulverizações, mas sim fazê-las conforme o recomendado para o combate de cada praga;
->Realizar o controle de plantas daninhas, pois são hospedeiras das pragas;
->Realizar a limpeza do pomar, com a catação dos frutos caídos e remoção dos restos das podas;
->Realizar o manejo da adubação, para manter as frutíferas bem nutridas e vigorosas, o que impede sua suscetibilidade ao ataque das pragas;
->Realizar o manejo do solo adequado, com emprego do plantio em consórcio, distribuição de cobertura vegetal e gessagem;
->Realizar podas periódicas, para melhorar o arejamento e a insolação do pomar.
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Fonte: Revista Campo e Negócios
Por Andréa Oliveira

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