Por que trabalhar com mudas de árvores frutíferas? Porque dá lucro!

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Em função da melhoria do poder aquisitivo da população e do consequente aumento no consumo de frutas, está havendo uma corrida para a fruticultura comercial, tanto no aspecto de formação de pomares, com finalidades comerciais, como o plantio de espécies frutíferas, em chácaras e sítios de lazer, resultando no aumento da demanda por mudas.

“Regiões como a de Limeira, em São Paulo, e a região de Dona Eusébia, em Minas Gerais, têm expandido seus negócios de mudas, principalmente das espécies mais comuns, cultivadas na Região Sudeste. O Estado da Bahia e a região norte de Minas têm-se especializado na produção de mudas de clima tropical”, afirma Dr. Dalmo Lopes de Siqueira, professor do Curso CPT Produção de Mudas Frutíferas.

A produção de mudas tem-se expandido e, por isso, exigido cada vez mais conhecimentos técnicos, visto que o consumidor está cada vez mais exigente quanto à qualidade da fruta ofertada nos mercados e a qualidade da fruta depende da qualidade da muda. Os produtores, por seu lado, querem a cada dia conquistar mais consumidores. É aí que surge o item qualidade. E, para se obter qualidade, existem normas legais e técnicas.

Na compra de mudas, o produtor rural deve dar preferência para viveiristas honestos, que tenham assistência técnica, que recebam fiscalização, boa referência, enfim que sejam credenciados. É, também, de igual importância que tanto o produtor rural de mudas quanto o técnico que lhe dará assistência conheçam os padrões determinados pela legislação que indicam a muda padronizada.

As mudas devem apresentar um padrão definido por uma legislação própria, para cada espécie, regulamentada por órgãos federais e estaduais de sementes e mudas.

O padrão de uma muda, por sua vez, é definido pelos seguintes parâmetros:

- sanidade;
- altura;
- diâmetro do caule;
- número de ramos;
- tipo de enxertia;
- tipo de embalagem;
- estado vegetativo;
- entre outros aspectos definidos segundo as normas estabelecidas para a espécie.

Em Minas Gerais, é o Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA) que supervisiona a produção de mudas.

Para que o propagador de plantas tenha sucesso em sua atividade, é necessário que ele apresente amplo conhecimento, que pode ser dividido em três grandes áreas:

1) Conhecimento das técnicas: em primeiro lugar, ele deve conhecer as técnicas adequadas para manipular as plantas, e muitas delas exigem habilidade, prática e experiência, como, por exemplo, fazer enxertia (borbulhia e garfagem), obtenção de estacas, manipulação de plantas em cultura de tecidos. Esse conjunto de habilidades é conhecido como ARTE DA PROPAGAÇÃO;

2) Conhecimentos de fisiologia vegetal: em segundo lugar, deve possuir conhecimentos de fisiologia vegetal (crescimento e desenvolvimento de plantas), morfologia e fatores ambientais que afetam as plantas (clima, pragas, doenças). Isso, muitas vezes, é adquirido na prática pelos viveiristas, porém, o estudo formal, como a realização de cursos, é importante; e

3) Conhecimento das plantas e das técnicas de propagação: em terceiro lugar, é importante o conhecimento das plantas e das técnicas de propagação que podem ser utilizadas para reproduzi-las.

O método a ser utilizado vai depender da resposta da planta e das possibilidades do viveirista.

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Por Silvana Teixeira.