
Os principais clones utilizados no Brasil para a produção do limão taiti são o Peruano ou IAC 5 e o quebra-galho. Selecionado pelo Instituto Agronômico de Campinas, o IAC 5 apresenta maior produtividade, melhor tolerância ao vírus da tristeza, ausência de fissuras na casca do tronco e ramos e menor tendência à hipertrofia do cálice das flores (Figueiredo, 1991).
“O rendimento para exportação alcança o dobro do quebra-galho e os frutos apresentam casca mais verde e rugosa”, afirma Dalmo Lopes de Siqueira, professor do Curso CPT Produção de Limão Taiti. Na Região Nordeste, os clones mais difundidos são o CNPMF 1 e 2, obtidos por via nuclear (Soares Filho; Passos, 1978) e, recentemente, limpos de viroses pelo método da microenxertia e premunizados com vírus fraco de tristeza.
Os limoeiros 'Rugoso' (Citrus jambhiri Lush) e 'Cravo' (Citrus limonia Osbeck) são considerados os mais importantes porta-enxertos para a lima ácida “Tahiti”. As plantas sobre esses porta-enxertos apresentam vantagens, tais como: crescimento rápido, boa produção, frutos de ótima qualidade e maior tolerância à seca. Contudo, também possuem desvantagens, sobretudo suscetibilidade ao “declínio” e à podridão radicular, causada por Phytophthora spp.
No Brasil, o uso do porta-enxerto limão 'cravo' alcança 95% da área plantada, enquanto a tangerina 'cleópatra' oscila em torno de 5%. A tangerina ‘cleópatra', embora mais resistente aos fungos do gênero Phytophthora, carece de estudos mais profundos, a fim de permitir melhor avaliação das suas carreiras (Gayet, 1991). É importante ressaltar que pode ser desastroso para a citricultura a utilização de apenas um ou dois porta-enxertos, visto que as plantas estão sempre sujeitas ao aparecimento de novas doenças e, havendo suscetibilidade, os riscos são iminentes. Em função disso, uma série de trabalhos de pesquisa vem, continuamente, buscando porta-enxertos alternativos.
Segundo Figueiredo (1991), dentre os principais porta-enxertos hoje indicados, destacam-se o limoeiro 'Cravo' (C. Limonia Osbeck), o limoeiro 'Mazoe' (Rugoso) (C. Jambhiri Lush.) e o limoeiro 'Volkameriano' (C. Volkameriana Pasquale).
Na Flórida, embora vários porta-enxertos tenham sido testados, as mudas disponíveis são obtidas por alporquia ou enxertadas em limão 'Rugoso' e Citrus macrophylla. Naquelas condições, o C. Macrophylla dá origem a plantas vigorosas, produtivas e com boa qualidade de frutos. Uma característica adicional importante é o fato de raramente mostrar sintomas da doença gomose, causada por Phytophthora sp. Ao contrário, as plantas obtidas por alporquia desenvolvem a doença com maior facilidade e tendem a apresentar uma vida útil menor.
As vantagens das plantas assim enraizadas estão relacionadas com o maior vigor inicial e precocidade, quando comparadas com as plantas enxertadas da mesma idade (Malo & Campbell, 1972, Campbell, s.d.). Esse método de propagação, no entanto, não é recomendado e tem pouco uso no Brasil.
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Por Silvana Teixeira.
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