Em função da melhoria do poder aquisitivo da população e consequente aumento no consumo de frutas, está havendo uma corrida para a fruticultura comercial, tanto no aspecto de formação de pomares com finalidades comerciais, como o plantio de espécies frutíferas em chácaras e sítios de lazer, resultando no aumento da demanda por mudas”, afirma o professor Dalmo Lopes de Siqueira, do Curso CPT de Produção de Mudas Frutíferas.
O cultivo de plantas frutíferas é opção econômica, viável para boa parte dos produtores rurais, principalmente nas pequenas e médias propriedades. Além de ser uma alternativa econômica, ele contribui para a melhoria de qualidade na alimentação da família rural. Entretanto, para um perfeito planejamento do pomar, é preciso dar total atenção às mudas das espécies que pretende-se plantar. Sem esquecer é claro, de outros detalhes como a área, o local, o clima, a qualidade do solo e o manejo cultural.
Entretanto, é preciso que se tenha conhecimentos técnicos para produzir boas mudas, pois o consumidor está cada vez mais exigente quanto à qualidade da fruta ofertada nos mercados e a qualidade da fruta depende da qualidade das mudas. Estas devem apresentar um padrão definido por uma legislação própria para cada espécie, regulamentada por órgãos federais e estaduais de sementes e mudas. Por exemplo, o padrão de uma muda é dado pela sua sanidade, altura, diâmetro do caule, número de ramos, tipo de enxertia, tipo de embalagem, estado vegetativo, entre outros.
1- Estaquia
Principal método de propagação de arbustos ornamentais, a estaquia é bastante usada para a propagação comercial, em estufas, de muitas plantas floríferas. É também usada em fruticultura. Para espécies que podem ser propagadas por facilidade por este método, ele apresenta uma série de vantagens, pois é possível, com poucas matrizes produzir um grande número de mudas. Além disso, é econômico, rápido, simples e não requer a enxertia, que exige mão de obra especializada.
Classificação das estacas quanto à origem
As estacas do caule são as mais utilizadas, pois precisam regenerar apenas o sistema radicular, já que as gemas estão formadas. Quanto às estacas da raiz, estas necessitam da escavação do solo, exposição do sistema radicular e danos à planta matriz. Pode ser usada para macieira, jabuticabeira, goiabeira, caquizeiro, e outras. Por fim, as estacas de folhas são usadas para algumas plantas ornamentais como violeta africana, espada de São Jorge, begônia e fortuna. Neste tipo de estaca, há necessidade de regeneração de caule e raízes.
Classificação das estacas quanto à consistência
Quanto à consistência, as estacas são classificadas em herbáceas, semilenhosas e lenhosas. As estacas semilenhosas e lenhosas são os tipos mais utilizados na fruticultura.
- Semilenhosas: podem ser oriundas de ramos ainda não completamente lignificados de plantas lenhosas, ou de plantas que apresentam menor lignificação. Normalmente, apresentam comprimento de 10-15 cm, geralmente apresentando folhas. Por exemplo, em estacas de goiabeira existe diferenças entre cultivares quanto à capacidade de enraizamento. Devem possuir 2 pares de folhas, reduzidas à metade, com dois entrenós, e coletadas, preferencialmente, de janeiro a março. Muitas vezes, a própria folha cortada pela metade, consegue enraizar;
- Lenhosas: são estacas duras, fibrosas, retiradas de ramos completamente lignificados, possuindo um ano ou mais de idade.
Classificação das estacas quanto ao modo de preparo
- Simples: estacas representadas por um segmento de caule, com comprimento em torno de 25- 30 cm. Faz-se um corte em bisel na extremidade proximal (base), logo abaixo de uma gema e perpendicular na distal (ápice), acima de uma gema. É o tipo de estaca mais utilizado;
- Tanchão: difere da estaca simples no tamanho e espessura da estaca. O comprimento pode variar de 60-90 cm e diâmetro de 2-4 cm ou mais. Faz-se uma ponta na base (semelhante à ponta de lápis), faz-se um corte em cruz nessa ponta e bate-se com uma marreta no ápice da estaca para fincá-la no solo. Pode se usada para multiplicar seriguela;
- Cruzeta: a estaca contém, em sua base, uma parte do ramo que a originou (ramo mais velho), em forma de cruzeta, que contém maior quantidade de reservas e maior superfície de contato. Nesse caso, só é possível obter uma estaca por ramo;
- Talão: para sua retirada, o ramo é cortado ou lascado em sua base, contendo uma parte do ramo que lhe deu origem. Isso aumenta a superfície de enraizamento, porém, a quantidade de estacas por planta fica reduzida, pois um ramo produz apenas uma estaca (da base);
- Gema: segmento de ramo (5-10 cm), contendo apenas uma gema. Usada quando o material de propagação é escasso. Apresenta pouca reserva (menor pegamento). Pode ser utilizada para multiplicar o figo.
2- Plantio de estacas
- Herbáceas e semilenhosas
Usam-se recipientes, que são colocados em câmaras de nebulização ou em leitos de enraizamento sob nebulização. A nebulização consiste na pulverização, em pequenos intervalos, de gotas de água com tamanho muito pequeno, visando reduzir o calor ambiental e manter umidade nas folhas. São utilizados equipamentos especiais para esse fim.
- Lenhosas
- preparar o canteiro que irá receber as estacas;
- com a enxada, faz-se um sulco transversal, de 30 cm de profundidade; no início, o canteiro deve ser utilizado para o enraizamento;
- fazer a distribuição das estacas ao longo dos sulcos;
- colocar as estacas em pé ou ligeiramente inclinadas, deixando uma a duas gemas expostas (2,5 a 5,0 cm da extremidade da estaca);
- pegar um pouco do substrato removido na base da estaca e comprimi-lo para um maior contato do substrato com a estaca;
- irrigar no sulco, com regador sem crivo (aumentar contato do substrato com a base da estaca);
- completar o enchimento do sulco;
- abrir novo sulco, próximo à fileira já plantada, e repetir o processo até o final;
- os canteiros contendo as estacas devem ser cobertos com capim seco ou com uma cobertura, possuindo altura de cerca de 30 cm acima do nível do solo. A medida que as estacas iniciarem a brotação, o capim deve ser removido. Os canteiros devem ser irrigados periodicamente.
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Por Andréa Oliveira.
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Comentários
DANIEL FERREIRA DA SILVA
21 de dez. de 2023Gostaria de receber informações quanto aos cursos
Resposta do Portal Cursos CPT
27 de dez. de 2023Olá, Daniel Ferreira da Silva! Como vai?
Agradeço sua visita em nosso site!
Verifiquei no meu sistema que um consultor da empresa está tentando contato com você, para passar informações sobre a área desejada. Nosso DDD é 31.
Se preferir, pode nos enviar uma mensagem através do WhatsApp (31)99294-0024.
Agradeço seu contato e precisando estou à disposição.
Abraço!!
Equipe CPT
JOSE IRINEU SOARES DOS SANTOS
28 de ago. de 2023GOSTARIA DE INFORAMAÇÕES SOBRE O PROCESSO DE ESTAQUIA
Resposta do Portal Cursos CPT
28 de ago. de 2023----------------------------------------------------------------------------------------
Olá, Jose Irineu Soares dos Santos! Como vai?
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Abraço!!
Equipe CPT
Aguinaldo Brum Paschoal
12 de ago. de 2022Gostaria de saber se as estacas soltam brotos só quando tem raíz já brotada ou pode ocorrer brotação sem obter raíz?
Resposta do Portal Cursos CPT
8 de dez. de 2022Olá, Aguinaldo! Como vai?
Verifiquei no meu sistema que a consultora da empresa já entrou em contato com você.
Agradeço seu contato e precisando estou à disposição.
Abraço!!
Equipe CPT.
Inocêncio Cabaça
10 de nov. de 2021Olá pessoal, escrevo de Angola. Adoraria saber entre a estaca e o enxerto qual planta produz primeiro? Em quanto tempo?
Resposta do Portal Cursos CPT
12 de jan. de 2022Olá, Inoêncio! Como vai?
Agradecemos sua visita em nosso site!
Não consegui achar sua resposta. Então, recomendamos que você procure um especialista na área.
Atenciosamente,
Lorena Tolomelli.
Icely Estevão Ribeiro
8 de jun. de 2021Tem como fazer o curso online?
Resposta do Portal Cursos CPT
8 de jun. de 2021Olá, Icely Estevão
Como vai?
Agradecemos sua visita ao nosso site!
Ficamos felizes em saber do seu interesse em nosso curso. Em breve, uma das nossas consultoras entrará em contato com informações e esclarecimentos sobre os cursos que serão fundamentais para o seu aprendizado.
Atenciosamente,
Erika
larissa
19 de jul. de 2020Queria saber por que o a estaquia ocorre?
Resposta do Portal Cursos CPT
10 de set. de 2020Olá, Larissa
Como vai?
A estaquia é bastante usada para a propagação comercial, em estufas, de muitas plantas floríferas. É também usada em fruticultura.
Para espécies que podem ser propagadas por facilidade por este método, ele apresenta uma série de vantagens, pois é possível, com poucas matrizes produzir um grande número de mudas. Além disso, é é econômico, rápido, simples e não requer a enxertia, que exige mão de obra especializada.
Em breve, uma das nossas consultoras entrará em contato com informações e esclarecimentos sobre os cursos que serão fundamentais para o seu aprendizado.
Atenciosamente,
Erika Lopes
Disney Goes dos Santos
29 de jul. de 2019pretendo fazer umas estaquias de graviola você poderia mim indicar algum livro? Qualquer dúvida manda no meu zap, ou no e-mail. Quantas estacas posso retirar da mesma planta?
Resposta do Portal Cursos CPT
30 de jul. de 2019Olá Disney Goes dos Santos,
Agradecemos sua visita e comentário em nosso site.
Em breve, uma das nossas consultoras entrará em contato com informações e esclarecimentos sobre cursos e livros que atenderão às suas necessidades.
Atenciosamente,
Victor Sampaio
Acacio Gomes
10 de out. de 2018Olá gostaria de saber de rendimentos por hectare e como protege essa planta de geadas obg
Resposta do Portal Cursos CPT
11 de out. de 2018Olá Acacio,
Agradecemos a visita e comentário em nosso site.
Para uma produção sustentável de palmito de pupunha, a relação de densidade de plantas ideal por área deve levar em consideração itens como fertilidade natural do solo, distribuição de chuvas, luminosidade, temperatura, uso de fertilizantes, variabilidade genética e mercado a ser atendido. Nos plantios densos, o inconveniente é que a produção decai com o tempo, em razão do sombreamento e da competição entre as plantas. Nos plantios com baixa densidade, o problema passa a ser a baixa produtividade inicial. Em experimentos conduzidos no litoral do Paraná, em solos classificados como transição do tipo Glei Pouco Húmico para Cambissolo e Cambissolo Háplico distrófico, os resultados indicaram que o espaçamento de 2 m x 1 m, com densidade de 5 mil plantas por hectare, é o mais adequado.
Atenciosamente,
Mariana Caliman Falqueto
Acacio Gomes
10 de out. de 2018Olá gostaria de saber de rendimentos por hectare e como protege essa planta de geadas obg
Resposta do Portal Cursos CPT
11 de out. de 2018Olá Acacio,
Agradecemos a visita e comentário em nosso site.
Para uma produção sustentável de palmito de pupunha, a relação de densidade de plantas ideal por área deve levar em consideração itens como fertilidade natural do solo, distribuição de chuvas, luminosidade, temperatura, uso de fertilizantes, variabilidade genética e mercado a ser atendido. Nos plantios densos, o inconveniente é que a produção decai com o tempo, em razão do sombreamento e da competição entre as plantas. Nos plantios com baixa densidade, o problema passa a ser a baixa produtividade inicial. Em experimentos conduzidos no litoral do Paraná, em solos classificados como transição do tipo Glei Pouco Húmico para Cambissolo e Cambissolo Háplico distrófico, os resultados indicaram que o espaçamento de 2 m x 1 m, com densidade de 5 mil plantas por hectare, é o mais adequado.
Atenciosamente,
Mariana Caliman Falqueto
Cristovão
19 de jun. de 2018Boa tarde gostatia de sabe se é facil fazer estaquia de jabuticaba e qual seria mais a melhor staca tamanha e espessura obrigado
Resposta do Portal Cursos CPT
20 de jun. de 2018Bom dia Cristovão,
Sugiro que procure um profissional da área para te auxiliar e indicar a melhor forma de realizar a estarquia.
Atenciosamente,
Mariana Caliman Falqueto