Para muitos, tamanho é, sim, documento, mas a prova de que isto não passa de um engano vem na forma de suco de uma pequena fruta: a acerola (Malpighia emarginata D.C.), que esconde em seus 40 gramas de massa suculenta inúmeros nutrientes, como flavonoides, vitaminas A, B1, B6, elevada concentração de vitamina C, que estimula a síntese de colágeno, componente fundamental para manter a saúde dos ossos e dos tecidos conectivos, e minerais, como fósforo, ferro, potássio, magnésio e cálcio, tornando-a eficaz na prevenção de doenças como o câncer e cardíacas.
Mas os benefícios não param por aí: 3 a 4 frutas são suficientes para suprir a necessidade diária de vitamina C de um adulto e quando comparada à laranja, a acerola ganha em quantidade de vitamina A, responsável por prevenir doenças, como a cegueira noturna. O consumo de acerola também combate a fadiga, o esgotamento nervoso e o estresse. Por conter propriedades anti-infecciosas, o consumo de acerola ajuda a estimular as defesas do organismo. Também é indicada para auxiliar em casos de afecções pulmonares, tratamento de disenterias, cicatrização de feridas, gripes, hemorragias nasais e gengivais, dores musculares, reumatismo, anemia, doenças do fígado e dietas para pessoas em recuperação de desgastes físicos ou desnutridas, dentre outras. Na acerola também é encontrado o carotenoide, substância antioxidante que auxilia na prevenção do envelhecimento precoce das células e responsável pela cor vermelha da fruta.
Com tantos pontos favoráveis, não há dúvidas: a acerola é muito procurada pelo público consumidor, tornando sua produção e comercialização uma excelente opção de renda para o pequeno agricultor familiar. Planta muito forte e resistente, a aceroleira consegue se adaptar às mais diferentes condições climáticas e, quando bem manejada, consegue florescer e frutificar várias vezes no ano. Conheça algumas preferências desta planta:
1- Tipo de solo
A aceroleira prefere solo profundo, areno-argiloso e bem drenado.
2- Tipo de clima
Tem preferência por clima tropical e subtropical. A planta, apesar de ser exigente quanto à insolação, devido à influência que o sol tem na produção de vitamina C, registra bom desenvolvimento em locais onde as chuvas são bem distribuídas ao longo do ano.
3- Área de plantio
A aceroleira pouco exige quanto a área para o seu plantio, podendo ser cultivada em um simples vaso, para consumo doméstico, ou grandes e infindáveis canteiros, destinados ao comércio.
4- Época de plantio
Deve ser realizado, preferencialmente, no início ou durante os meses da estação das chuvas, em solos profundos, areno-argilosos e bem drenados. Exceto no inverno, o plantio pode ser feito em qualquer época do ano, se houver disponibilidade de irrigação no cultivo da fruteira.
5- Espaçamento
O espaço entre mudas pode variar entre 5 x 5 metros, 6 x 4 metros e 5 x 4 metros, que é o mais utilizado nos plantios em propriedades instaladas no Estado de São Paulo, com 500 árvores por hectare.
6- Cuidados
Se necessário, deve-se realizar as práticas culturais usuais, como controle de plantas daninhas, adubações de solo, podas de formação e de limpeza e irrigação. Nematoides, pulgões, formigas cortadeiras, cigarrinhas e mosca-das-frutas são algumas das pragas que atacam a fruteira. Entre as doenças listam-se a antracnose, cercosporiose, seca descendente de ramos e podridão de frutos.
7- Colheita
Sua colheita, tanto para o consumo e comércio in natura, quanto para a indústria, pode ser feita a partir de 8 meses da data de plantio. Colha os frutos a cada dois ou três dias, retirando todos os maduros e os que estão mudando de coloração. Evite deixar as acerolas expostas ao sol depois da colheita.
8- Custo de aquisição das mudas
O custo das mudas, assim como o preço comercial da fruta, variará conforme cada região do País. Adquira de viveiristas idôneos as mudas de qualidade obtidas por estaquia ou por enxertia, que geram um pomar mais uniforme e produtivo. Compre exemplares em substratos comerciais e com aparência saudável, evitando levar junto uma praga de solo.
9- Curiosidade
Quanto mais verde, mais vitamina C e menos açúcar.
Por Silvana Teixeira.
Fonte: Globo Rural e Melhor com Saúde.
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