Local de instalação
O sistema fechado simples de cultivo de larvas de camarão poderá ser instalado em qualquer galpão previamente construído desde que não haja contaminação por produtos tóxicos ou excesso de pó. Quando não houver essa disponibilidade, pode-se construir uma estufa confeccionada com armação de bambu e coberta com lona plástica. A área mínima deve ser de 15 m².
Tanques de eclosão
Serão utilizadas caixas de polietileno brancas com capacidade para 35 a 50 litros. As caixas serão enchidas com 25 litros de água salobra a 5% ou com água doce. A oxigenação será medida e mantida por meio de pedra porosa. Devem ser colocadas, no máximo, duas fêmeas de camarão por caixa.
Tanques de cultivo
As larvas de camarão serão distribuídas em duas caixas de cimento/amianto (135 x 113 cm) com capacidade para 1.000 litros e um volume útil de, aproximadamente, 850 litros preenchidos com água salobra (12%). Será acoplado um filtro biológico para os dois tanques. Estes deverão ser impermeabilizados com tinta Epoxi preta.
“Termostatos e aquecedores manterão a temperatura da água em torno de 30°C. A aeração será mantida constante por meio de oito pedras porosas distribuídas ao redor do tanque. Estas estarão conectadas a uma mangueira de aeração de 15 mm de diâmetro, fixada na borda do tanque”, afirma o professor Wagner Cotroni Valenti, do Curso CPT Cultivo de Camarões de Água Doce, elaborado pelo Centro de Produções Técnicas.
A saída da água dos tanques de cultivo dos camarões será realizada por meio de um tubo de PVC, com diâmetro de 1”1/2, unido a um cotovelo articulado para permitir um fácil controle de nível, bem como a interrupção do fluxo durante o manejo. Um tubo de PVC de 4” telado com 125 ou 250 µm, removível, será adaptado a esta tubulação, impedindo a passagem das larvas de camarão e náuplios de Artêmia para o filtro. Junto a esse tubo, serão colocadas duas pedras porosas, impossibilitando, dessa forma, o acúmulo de detritos sobre a tela.
Tanques de Artêmia
A alimentação das larvas de M. rosenbergii consiste em fornecer, diariamente, náuplios recém-eclodidos de Artêmia. Esses náuplios eclodirão em garrafas de polietileno cortados (garrafão de água), com capacidade para 20 litros, e volume útil de 15 litros. Os tanques serão preenchidos com água salobra a 5% ou com “água de Artêmia”.
A aeração e a iluminação deverão ser mantidas constantes durante todo o processo de eclosão dos náuplios. O ar será fornecido por uma pedra porosa em cada tanque e a quantidade de luz deverá ser de 1000 lux, que se obtém com 2 lâmpadas fluorescentes de 20 W instaladas a uma distância de aproximadamente 20 cm.
Filtro biológico
O cultivo de camarões será realizado utilizando o sistema de recirculação, que permite reutilizar a água durante todo período de desenvolvimento das larvas de camarão. Este consiste, basicamente, na passagem da água por um filtro biológico, no qual se desenvolve bactérias responsáveis pela metabolização dos compostos nitrogenados, por meio do processo de nitrificação.
O sistema fechado com recirculação permite reduzir os custos com água e energia, pois mantém constante a temperatura, além de melhorar a estabilidade nos níveis de amônia e nitrito. O filtro será projetado para transformar, de forma eficiente, os subprodutos nitrogenados (amônio e nitrito) resultantes da excreção das larvas e da decomposição da matéria orgânica, evitando que atinjam níveis tóxicos.
O filtro biológico será constituído de caixa de cimento amianto, com capacidade de 250 litros (80 x 60 cm), subdividida em câmaras, por meio de placas de polietileno, e preenchidas com fragmentos de conchas de moluscos marinhos, algas calcárias ou corais com diâmetro aproximado de 5 mm. Estas serão utilizadas como substrato pelas bactérias. Sobre a primeira câmara do filtro biológico será colocado um filtro mecânico com a finalidade de remover resíduos, evitando o acúmulo de material orgânico entre os fragmentos de conchas.
A aeração do sistema de filtro será realizada por meio de pedras porosas de 15 cm, localizadas em cada câmara sob o substrato de conhas, para uma oxigenação mais uniforme.
A circulação será iniciada com a subida da água filtrada pelos seis tubos de PVC de 3/4”, impulsionada por “air-lift”, sendo conduzida até a superfície dos tanques de larvicultura. Devido ao princípio dos vasos comunicantes, ocorrerá, simultaneamente, a saída da água dos tanques de cultivo por meio dos tubos de PVC de 1”1/2 que, portanto, será levada ao filtro por gravidade.
Filtro mecânico
Esse tipo de filtro impede que partículas orgânicas e inorgânicas caiam no filtro biológico e interfiram nos processos de metabolização da amônia. O filtro mecânico será constituído por uma caixa (50 x 12 cm), feita com placas de polietileno ou de madeira (impermeabilizada com Epoxi), com fundo telado de malha de 80 µm.
Sistema de aeração
Todo o ar necessário para oxigenação das caixas, tanques e filtro biológico será proveniente de uma pequena rede instalada no laboratório de larvicultura abastecida por uma compressor radial de 0,5 cv de potência. o sistema de aeração será construído com mangueira de 1”1/4, com redução para cano de PVC de 1”, fixados na parede ou na armação de bambu da estufa.
Cada tanque de larvicultura e o filtro biológico possuirão uma derivação em conexão tipo (T) de 3/4”, dotados de registros de esfera. Em cada terminal, serão conectados tubos de PVC de 3/4” com 20 cm de comprimento e com saída para mangueiras de aeração de 5 mm.
O fluxo de ar para oxigenação será proporcionado por pedras porosas localizadas dentro de cada caixa, tanques e filtro biológico.
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Por Andréa Oliveira.
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Comentários
Ricardo das virgens Rodrigues
19 de mai. de 2019Gostaria de saber se vcs tem alguma materia sobre criação de larvas de camarões marinho atualizadas
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3 de jun. de 2019Olá Ricardo Rodrigues,
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jorge sekulic
2 de mai. de 2018gostaria comorar curso criacao larva camarao no sistema biofluxo
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2 de mai. de 2018Olá Jorge,
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Ana Carolina dos Santos
Ivan Delmar Montengro
17 de ago. de 2017Nesse curso vem ensinando amontar os tanques que bombas usar quantidades de camarão por tanue
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17 de ago. de 2017Olá, Ivan.
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Renato Rodrigues.