O carro-chefe da exportação de pescado pelo Brasil é a tilápia, principalmente em filés, tendo os EUA como principal importador, explica o professor Giovanni Resende de Oliveira, do Curso CPT Comercialização de Pescados: Aquanegócio e Relações de Mercado.
No horizonte, há diversas oportunidades de crescimento para o setor. A diversificação de espécies pode abrir novos mercados ao explorar outras variedades de peixes e frutos do mar menos tradicionais. Investir em produtos de maior valor agregado, como filés processados, produtos prontos para o consumo, derivados e biomoléculas para a indústria química, farmacêutica e de cosméticos, pode aumentar a competitividade brasileira. Atender à grande demanda por filés resfriados para os EUA e Canadá é outra oportunidade, além de filés congelados para os demais países da América do Sul.
Também, explorar mercados emergentes, como o Oriente Médio e a África, pode diversificar as exportações e abrir novas fontes de demanda. No entanto, essas oportunidades vêm acompanhadas de desafios, como:
• Inexistência de estruturas de governança (integração, alianças estratégicas).
• Custo unitário elevado.
• Imagem (cenário sócio-político e ambiental).
• Baixos volumes individuais (menor escala).
• Logística de transporte ineficiente para produtos refrigerados/frescos.
• Competição por preço (Tilápia da China).
• Taxas de câmbio: períodos de alta volatilidade.
Importante destacar que a empresa que pretende exportar precisa atender a alguns requisitos, como:
• Exigências (registros junto à Receita Federal, licenças sanitárias, licenças comerciais, etc.).
• Padrões (peso, embalagens, hábitos, etc.).
• Certificações (BPFs, ISOs, específicas).
• Participação em feiras internacionais.
• Empresas, despachantes (desembaraço aduaneiro).
• Seguros.
Análise setorial.
Os principais sistemas de produção da tilapicultura no Brasil são tanque-rede e tanque-escavado. Observa-se uma escassez de produção na região Norte do Brasil devido a impedimentos legais ambientais. Nas demais regiões, ainda há grandes áreas não exploradas, o que poderia ser solucionado com o melhor ordenamento da atividade e incentivo governamental.
Também é observada uma disparidade muito grande entre os estados quanto ao número de unidades de processamento de pescado com SIE ou SIF, destacando que ainda há muito a ser explorado nesse segmento.
Nesse contexto, no fim de 2021, a partir de uma análise conduzida pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil - CNA, bem como por reuniões sucessivas de planejamento realizadas pela equipe interna do Departamento de Ordenamento e Desenvolvimento da Aquicultura - DPOA, foi elaborado o Plano Nacional de Avanço da Aquicultura (PNDA), um documento orientativo que traça as diretrizes para o crescimento da aquicultura no país durante os próximos 10 anos.
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Por: Thiago de Faria
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