
Dentre os produtores de alevinos, previamente identificados na fase inicial do projeto da piscicultura, é preciso identificar aqueles que, de fato, terão condições de atender aos requisitos necessários, para que se possa alcançar sucesso com a produção. É preciso ficar muito claro para o piscicultor que alevinos é mais do que simplesmente filhotinhos de peixe e que basta levá-los para piscicultura, alimentá-los e manejá-los corretamente que, ao final do ciclo produtivo, haverá retorno.
“Não é assim. A escolha de um bom fornecedor de alevinos é fundamental; é um dos passos mais importantes para o sucesso da piscicultura”, explica Giovanni Resende de Oliveira, Professor do Curso CPT Produção de Tilápias em Tanques Escavados.
Basicamente, existem quatro pontos fundamentais que poderão resultar no sucesso da atividade: a qualidade da água; a qualidade da ração; o manejo correto; e a qualidade dos alevinos. Assim, fica evidente a importância de identificar um bom fornecedor de alevinos para atender à piscicultura.
Mas, afinal, o que é um bom produtor de alevinos? Você saberia responder? A resposta a esta pergunta depende de uma série de informações, conforme descrito, a seguir:
• Os alevinos não podem apresentar malformação corporal (comum em alevinos malnutridos ou com processos de endogamia);
• Devem apresentar aspecto saudável, serem sadios, livres de doenças e parasitas;
• Devem possuir tamanho homogêneo para que possam crescer de forma uniforme;
• Devem pertencer a linhagens de alto padrão genético, provenientes de matrizes selecionadas que fazem parte de programas de melhoramentos genéticos, principalmente, visando ao maior desempenho e rendimento de carcaça;
• A alimentação das matrizes e dos alevinos, ainda na piscicultura onde são produzidos, deve ser balanceada e de excelente qualidade. Peixes produzidos com o emprego de subprodutos agropecuários e excrementos de animais ficam sujeitos a muito mais riscos de sofrerem com eventuais adversidades, como problemas de baixa qualidade da água, má nutrição e infestação por parasitos, do que peixes produzidos com ração apropriada e bem manejados;
• Procure certificar-se de que os alevinos não passam por condições de estresse na produção (má-qualidade de água, má-nutrição, restrição alimentar, entre outros), pois essas condições resultam em lotes com menor resistência ao manuseio de despesca e transporte, podendo apresentar altos índices de mortalidade na primeira semana de recria;
• Procure garantir alevinos de boa qualidade se informando a respeito do histórico e da idoneidade do piscicultor. Conhecer o produtor dos alevinos e a qualidade do seu manejo de produção é uma estratégia útil para se evitar possíveis problemas. Visite pisciculturas que compram alevinos do mesmo fornecedor e procure informações a respeito da qualidade dos mesmos, nas fases de recria e engorda, principalmente em termos de índice de mortalidade, conversão alimentar e rendimento de carcaça.
Enfim, a compra de alevinos pressupõe confiança mútua entre comprador e fornecedor. Nesse sentido, procure verificar se o piscicultor possui certificação junto aos órgãos competentes como o Instituto Mineiro de Agropecuária – IMA (para o Estado de Minas Gerais) e o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento – MAPA.
Saiba mais sobre o assunto. Leia a(s) matéria(s) a seguir:
- Alevinos tipo I e alevinos tipo II. Qual a diferença?
- Vai criar peixes? Você precisará de plancton!
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Por Silvana Teixeira.
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