
Lucas Repolês Lourenço, professor do Curso CPT Gestão Zootécnica na Pecuária Leiteira, destaca que se o que o pecuarista deseja é obter sucesso e lucro com a criação de bovinos, é necessário realizar uma boa gestão de todo o rebanho e da produção como um todo, de forma prática e eficiente.
Na pecuária, seja de corte ou de leite, a presença de doenças é algo que pode ser evitado. Contudo, mesmo com todos os avanços em relação à sanidade animal, muitos pecuaristas ainda negligenciam os cuidados com os bovinos, favorecendo o surgimento de doenças que podem trazer prejuízos significativos.
Das enfermidades mais relevantes, as doenças reprodutivas são aquelas que preocupam a todos os criadores, haja vista que, quando os animais não se reproduzem corretamente, o rebanho não cresce, além de animais doentes possuírem potencial reduzido. Por conta disso, é necessário conhecer as principais, com o intuito de afastá-las da sua criação.
As doenças reprodutivas
Bactérias, protozoários e vírus são os principais causadores de doenças reprodutivas e, entre os principais prejuízos que elas podem causar, é possível destacar os danos à fertilidade dos animais e a morte de bezerros e matrizes. No entanto, vale ressaltar que não só as fêmeas podem ser prejudicadas, como também os machos.
- Rinotraqueíte infecciosa bovina
De origem viral, a rinotraqueíte infecciosa bovina ataca o trato reprodutivos dos animais, mas pode também se espalhar para outras partes do corpo deles. Apesar de não ser uma regra, é mais percebida em animais mais jovens e, devido à sua gravidade, demanda cuidado por parte do pecuarista. É transmitida para os bezerros pela mãe ou até mesmo durante a monta e o herpesvírus causador dela pode ficar latente no corpo do animal infectado por muito tempo.
- Leptospirose bovina
A leptospirose bovina, por sua vez, é causada por bactérias e está presente em boa parte das criações de bovinos em nosso país. Ocorre com mais frequência em locais mais úmidos ou que possuam a umidade do ar mais elevada. Ao agir no trato reprodutivo, as vacas prenhes podem abortar ou os bezerros podem nascer fracos e até mortos. É transmitida por meio do contato entre um animal doente e outro sadio ou de secreções.
A brucelose não possui cura e não é à toa que também é conhecida como aborto infeccioso, uma vez que pode provocar abortamento. É altamente transmissível e, em relação aos machos, é capaz de provocar infertilidade, inflamação nos testículos e até problemas articulares, como a bursite e a artrite.
- Neosporose
Diferentemente das anteriores, a neosporose é de origem protozoária e tem os cães como seus principais vetores. Além de diminuir a eficiência reprodutiva dos animais doentes, algumas raças produtoras de leite também podem ver a sua produção reduzida.
- Diarreia Bovina
Apesar de ser classificada como uma doença reprodutiva, a diarreia bovina traz mais efeitos após o nascimento do bezerro. Em outras palavras, quando o feto é contaminado ainda no útero da vaca, ele nasce normalmente, mas se torna um transmissor do vírus para todo o rebanho.
- Tricomoníase
A vagina, o útero e o cérvix das vacas são os principais alvos da tricomoníase, acarretando abortos no período inicial da gestação e repetição do cio. Outra doença de origem protozoária, quando esse agente permanece instalado no organismo da vaca, novas gestações podem ser impedidas. Ainda apresenta um agravante: geralmente não possui sinais clínicos e as vacas doentes passam a disseminar esse protozoário de forma “silenciosa”.
- Campilobacteriose
Enquanto a anterior “prefere” as fêmeas, essa doença encontra, nos touros, um excelente canal de transmissão, o que é feito durante a monta. Nas fêmeas, provoca alteração no ambiente uterino e interfere no desenvolvimento embrionário, além de tornar mais difícil a implantação de embriões, dentre outros problemas.
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Enquanto o Veterinário Não Chega – Atendimento a Bovinos
Fonte: Rodeo West – blog.rodeowest.com.br
por Renato Rodrigues
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