
Você sabia que o inhame é um alimento poderoso para a saúde? Sabia que além de melhorar a imunidade do sangue ele também ajuda na prevenção de várias doenças, como anemia, Alzheimer, fortalece os gânglios linfáticos, previne doenças do coração e cânceres? E, como se já não bastasse, sabia que o inhame ainda alivia as cólicas menstruais, reduz os sintomas da TPM e da menopausa, além de estimular a libido? Pois é, amigo, isso tudo é verdade.
Com tantos benefícios assim, nem precisa dizer que ele tem ótima aceitação e procura no mercado consumidor. não é mesmo? Então, se você vai plantar esse maravilho tubérculo também deverá se preparar para as exigências de tratos culturais dessa planta. Quer saber quais são? Pois bem, vamos lá!
1- Capina do inhame
De acordo com Jacimar Luiz de Souza, professor do Curso CPT Curso Cultivo Orgânico de Gengibre, Taro e Inhame, o principal trato cultural da lavoura de inhame é a realização de capinas até os 100 primeiros dias após o plantio, pois as plantas são muito sensíveis à competição com ervas. Na fase inicial da cultura, as capinas devem ser feitas em faixas, limpando-se junto às plantas e mantendo-se uma faixa de mato de cerca de 20 centímetros entre as linhas da cultura.
2- Adubação em cobertura do inhame
A adubação em cobertura deve ser feita em torno de 90 dias após o plantio. Aplica-se o adubo lateralmente às linhas de plantio, e cobre-se com terra por ocasião da capina. A dosagem varia de acordo com a quantidade plantada.
3- Irrigação do inhame
Quando plantado durante o período chuvoso, o inhame não precisa de irrigação, pois é bastante resistente à seca, suportando bem os períodos de veranico. No caso da antecipação do plantio para julho ou agosto, em locais de inverno ameno, o uso de irrigação após o plantio apressa a brotação e favorece o desenvolvimento inicial das plantas. Dessa forma, é possível obter colheitas precoces e melhores preços na comercialização.
4- Tutoramento do inhame
O tutoramento é feito com varas com dois metros de comprimento. Pode-se utilizar uma vara por planta ou uma para cada duas plantas, para economizar. Também pode-se fazer o tutoramento na forma de cerca cruzada, semelhante ao utilizado na cultura do tomate. O tutor é fincado na leira, bem firme. A planta se desenvolve sobre tal apoio, enroscando-se sozinha.
5- Controle de pragas e doenças do inhame
São relatadas algumas doenças que atacam o inhame, como fungos dos gêneros Cercospora, Colletotrichum, Gloesporium que atacam as folhas; e Bothryodipoida e Phythium, que causam o apodrecimento dos rizomas. Além disso, o vírus do mosaico pode causar danos econômicos. Quanto às pragas, as larvas de Heteroligus meles (Coleoptera-Scarabidae) são as mais conhecidas pelo ataque dos rizomas. Aspidiella hartii (Homoptera Coccidae) pode infestar os rizomas armazenados. Outro inimigo do cultivo é o nematoide Scutellona bradis, que é controlado com a rotação de culturas.
Apesar da referência do ataque dessas pragas e doenças, observa-se que o inhame é uma planta bastante rústica, que resiste bem ao ataque desses organismos, não havendo danos econômicos significativos, principalmente se o sistema estiver equilibrado, através do uso de práticas de cultivo orgânico.
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Por Silvana Teixeira.
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