Meu município não cresce, não evolui. Como diagnosticar os entraves?

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Quer saber o motivo pelo qual seu município não se desenvolve, não cresce, não evolui como os outros ao redor? Entenda, então, que esses esclarecimentos só se darão após realizar um diagnóstico dos possíveis entraves. "Uma cidade, município ou qualquer outro recorte territorial de baixo nível de desenvolvimento, só terá condições efetivas de iniciar um processo de desenvolvimento, se houver desejo de mudança entre seus cidadãos e, principalmente, entre as lideranças locais. Neste sentido, a etapa de diagnóstico é que possibilitará a clareza necessária para que se possa dar o direcionamento mais adequado e tomar as decisões corretas, quanto às escolhas e aos caminhos a seguir", afirma Brenner Lopes, professor do Curso a Distância CPT Estratégias para Desenvolvimento de Municípios II com base em Agropecuária e Confecções.

O diagnóstico deve ser entendido, antes de tudo, além obviamente do levantamento das informações estratégicas do território e identificação das lideranças locais (institucionais ou não), como um primeiro passo no sentido da mobilização e alinhamento de mentes e corações, assim como uma preparação para a ação.

Pilares do diagnóstico

De maneira resumida, o diagnóstico deve ser constituído por três pilares básicos, que devem responder às seguintes perguntas direcionadoras:
1- Qual a situação atual do município?
2- Quais as potencialidades, forças e e oportunidades presentes no município?
3- Quais os entraves, óbices e fraquezas têm impedido/dificultado o desenvolvimento do município?
4- Quem são os líderes (institucionais ou não) reconhecidos como tal no município?
5- A quais programas governamentais (federais e estaduais), o município é elegível?

Um ponto fundamental dessa fase de diagnóstico é que este tenha um enfoque participativo. Sem essa participação dos envolvidos (da comunidade presente), será difícil atingirmos o grau de envolvimento e mobilização necessários para o desenvolvimento da Iniciativa de Desenvolvimento do Território. Em outras palavras, o diagnóstico, elaborado e executado formalmente, tem um papel fundamental para o conhecimento da realidade local, produzindo dados que ajudarão na sensibilização e na definição das estratégias de trabalho de uma iniciativa de desenvolvimento. De maneira geral, a fase de sensibilização começa aqui (com o Diagnóstico) e se intensifica e se consolida na fase de construção da agenda e no plano de ação que poderíamos nominar de “Plano de Desenvolvimento Territorial”.

A experiência aponta que reunir um grupo de lideranças para discussão e construção do diagnóstico e plano de ação é uma ação temerária, quando não se realiza o trabalho de diagnosticar as questões do território de forma mais “técnica” e “imparcial”, buscando informações primárias com os mais diversos elementos constituintes do tecido social de determinado município. Busca-se, com isso, evitar algumas armadilhas a que alguns momentos somos levados pela coletividade, evitando que lideranças mais extrovertidas, diferenças de classes sociais, perfis mais autoritários e contundentes, dentre outros, direcionem determinadas questões que muitas vezes só atendem os seus próprios interesses e não aqueles mais importantes para a coletividade e para o desenvolvimento do Município.

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Por Silvana Teixeira.