Quais são os fatores que dificultam a ação dos administradores?

Os fatores que dificultam a ação dos administradores incluem concorrência acirrada, mudanças nos hábitos dos clientes, globalização, velocidade das transformações no mercado, falta de harmonia entre os setores internos e a necessidade de adaptação a um ambiente dinâmico e instável, explica o Prof. M.e Hélvio Tadeu Cury Prazeres, do Curso CPT Como Administrar Pequenas Empresas.

No ambiente externo, a concorrência acirrada, a mudança de hábitos dos clientes e a globalização, entre outros fatores, exigem que a empresa esteja sintonizada com essas transformações e tome decisões a tempo de manter ou melhorar suas posições. A velocidade das transformações pelas quais passam o mercado consumidor, concorrente e fornecedor é alta, e o administrador deve buscar incessantemente informações que o auxiliem no planejamento e estabelecimento de objetivos claros para sua empresa.

No âmbito interno, o administrador deve direcionar seu foco para as necessidades do cliente, refletindo não apenas sobre as áreas de marketing, comercial ou financeira, mas mobilizando todos os setores para trabalharem em sintonia, visando oferecer o melhor produto ou serviço com o menor preço. Quando não há harmonia entre os setores que contribuem para o objetivo central da empresa, que é sempre a satisfação do cliente, qualquer estratégia se torna improdutiva.

Como um dínamo, a sociedade atual gera uma "energia" incrível, impossibilitando-nos de ver o tempo passar. A sensação que temos é que os dias, os meses e os anos passam com uma velocidade incrível. De onde vem essa sensação? A resposta é que nos deparamos com um mundo em constante mudança, caracterizado pela intermitência, e a atitude correta das pessoas é também a de se adaptar. A adaptação a essa realidade dinâmica, instável e evolutiva é fundamental para que os profissionais se posicionem diante dos desafios do terceiro milênio.

A mudança é impulsionada por dois grandes fenômenos: a globalização e o ciclo de vida curto dos produtos. Em termos bem simples, a globalização significa que não existe mais fronteira nem interior no mundo. De qualquer lugar do planeta, graças ao comércio eletrônico e graças às facilidades de logística e distribuição, uma empresa pode conquistar mercados mundiais de qualquer lugar do planeta. Nada, nem ninguém ficará fora da competição global.

O produto é introduzido no mercado, geralmente com prejuízo. Posteriormente, ele cresce em vendas, resultando no início dos lucros para a empresa. À medida que a concorrência aumenta ou a demanda é atendida, a maturidade é alcançada, e os lucros se estabilizam. Entretanto, eventualmente, a empresa pode perder participação de mercado, resultando em uma consequente queda nos lucros.

O período que vai da introdução ao declínio, que há uns 30 a 40 anos durava 10 anos, hoje, em alguns negócios, dura apenas um ano. Na área de telefonia celular, por exemplo, esse ciclo é de aproximadamente seis meses. Mesmo uma mercearia, cujo ciclo poderia durar 20 anos, hoje, com a presença de grandes redes de supermercados próximas, pode durar apenas dois anos. Qual é a salvação para essas empresas? Não há dúvidas de que é buscar novas formas de gestão. E qual é a base e o insumo para essa nova forma de gestão da empresa? É exatamente a informação. A informação, que antes era um problema para as empresas, hoje é a solução. Atualmente, ela é a matéria-prima para que o administrador saiba como e quando agir.

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Por: Thiago de Faria